O dia de votação antecipada em mobilidade decorreu sem incidentes no distrito de Leiria, segundo informação apurada junto dos comandos da PSP e da GNR de Leiria.
A votação antecipada em mobilidade para as eleições presidenciais decorreu pela primeira vez em todos os concelhos do país, tendo registado grande afluência em Leiria, á semelhança de outras cidades do país.
Com 3.338 eleitores inscritos para votarem este domingo na capital do distrito, o dia ficou marcado por longas filas em torno do Mercado de Santana – onde foram instaladas sete mesas de voto – e ruas adjacentes.
Em declarações à Lusa, João Tiago Machado, da Comissão Nacional de Eleições (CNE), admitiu alguns problemas, questionado sobre as longas filas e alguma confusão entre os eleitores ao longo do dia.
“São dores de crescimento. Este é um processo em constante evolução. Foi a primeira vez que isto acontece em plena pandemia e vai ser aperfeiçoado no futuro”, afirmou o responsável da CNE.
Independentemente do que se passou e da boa afluência, João Tiago Machado sublinhou que os eleitores que, por algum motivo, não votaram hoje podem fazê-lo no próximo domingo sem necessitarem de fazer qualquer pedido.
Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, inscreveram-se 9.844 pessoas para votarem hoje nos 16 concelhos do distrito de Leiria e 625 no concelho de Ourém. A nível nacional estavam inscritas 246.880, um número recorde face às eleições legislativas de 2019.
Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de Covid-19 no país.
Segundo as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde para as eleições, os eleitores têm de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene.
É preciso desinfetar as mãos antes de votar e depois de votar. E os membros das mesas têm de usar máscara e/ou viseira ou óculos de proteção.
É aconselhado que, enquanto se espera para votar, os eleitores respeitem a distância de segurança.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Com Lusa