A rede cultural “Aljubarrota 1385”, que junta os municípios de Alcobaça, Batalha e Porto de Mós, vai receber um apoio estatal de 280 mil euros para desenvolver até julho de 2022 um programa turístico-cultural inspirado na Batalha de Aljubarrota.
A aprovação do apoio ao projeto foi anunciada esta segunda-feira, dia 15, pelo município da Batalha, que avança que “Aljubarrota 1385” receberá 280 mil euros do FEDER, atribuídos pelo Programa Operacional do Centro, para um orçamento global de 300 mil euros.
O projeto conta com a companhia S.A. Marionetas, de Alcobaça, como copromotor, e com a Fundação Batalha de Aljubarrota, como parceiro institucional, prevendo a realização de um conjunto de eventos associados ao património, à cultura e a bens culturais que promovam a cooperação territorial entre as partes.
O programa decorre entre abril de 2021 e julho de 2022 e tem como ponto alto um espetáculo teatral a apresentar em três atos nos territórios da Batalha, de Porto de Mós e de Alcobaça, protagonizado por grupos e agentes culturais locais.
A produção original a produzir será sobre a Batalha de Aljubarrota e não uma recriação da mesma, explica o coordenador cultural do projeto, Luís Mourão.
“É um espetáculo sobre a Batalha Real e nisso reside, sem pretensões, a sua originalidade, a sua maior ambição e força. É também uma forma de semear neste território um saber-fazer que, idealmente, se prolongará no tempo e se enraizará nas práticas teatrais, enriquecendo-as”, diz o dramaturgo, citado no comunicado, onde lembra o potencial do envolvimento de profissionais com amadores locais.
Para Luís Mourão, a Batalha de Aljubarrota “perdura, e perdurará, no imaginário nacional como marco indelével da vontade de afirmação de um povo do seu direito de soberania e completa independência no quadro das nações” e, frisa o município da Batalha, esta dramatização pretende “valorizar nos domínios cultural e turístico um evento único no contexto nacional”.
Na nota divulgada, a rede cultural “Aljubarrota 1385” é apontada também como forma de “contribuir para a sustentabilidade da cultura no período de recuperação da pandemia que determinou a redução das atividades criativas”.