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Covid-19

Covid-19: Pessoas com trissomia 21 entram para os grupos prioritários de vacinação

A medida deverá abranger cerca de 3.500 pessoas com mais de 16 anos, embora a população total com Trissomia 21 corresponda a “cerca de 6.000 pessoas”

As pessoas com trissomia 21 e que tenham mais de 16 anos vão ser inseridas no lote de grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19, confirmou hoje a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Em declarações prestadas numa conferência de imprensa realizada no Ministério da Saúde, em Lisboa, a responsável pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinhou que há um impacto real da doença provocada pelo novo coronavírus nesta população e que a proposta para a sua inclusão mereceu o aval da ‘task force’ coordenadora do plano de vacinação e do gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

“Questionados sobre se a Trissomia 21 devia ou não ser incluída nos grupos prioritários, fomos fazer uma análise ao impacto desta doença no internamento e na mortalidade e tendo concluído que sim, que impacta, pelo menos em Portugal e noutros países, obviamente fizemos essa proposta à ‘task force’ e ao gabinete do secretário de Estado e a proposta foi bem acolhida”, frisou.

Segundo Graça Freitas, em causa estarão cerca de 3.500 pessoas com esta condição e uma idade acima dos 16 anos, embora a população total com Trissomia 21 corresponda a “cerca de 6.000 pessoas”, mas que não podem ser neste momento vacinadas face ao licenciamento das atuais vacinas apenas a partir de determinada idade: 16 anos para a vacina da Moderna e 18 anos para as vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca.

“Estamos abertos a poder analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade. Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país”, acrescentou Graça Freitas, abrindo a porta à inclusão de outras condições clínicas entre os grupos prioritários para a vacinação.

Intervalo entre toma de doses da vacina da Pfizer sobe para 28 dias

Entretanto, hoje também, foi anunciado o alargamento do prazo entre a toma das duas doses da vacina da Pfizer/BioNtech contra a Covid-19 de 21 para 28 dias.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a alteração do tempo de intervalo vai permitir intensificar o ritmo de vacinação em mais 100 mil pessoas até ao fim deste mês.

“Queremos dar nota de que foi hoje mesmo atualizada a norma 21 de 2020 da DGS, relativa à vacina da Pfizer, alargando de 21 para 28 dias o intervalo entre a toma da primeira e da segunda dose. É uma decisão com amplo consenso técnico da DGS e do Infarmed e que vai permitir a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de março”, afirmou na mesma conferência de imprensa.

António Lacerda Sales indicou também que até este domingo tinham sido administradas 868.951 vacinas, das quais “603.585 são primeira dose e 265.366 segunda dose”, destacando a performance nacional no contexto europeu.

“Dois meses após o início do processo de vacinação, o país encontra-se acima da média europeia, com 8,45 doses administradas por 100 habitantes e sabemos que a média europeia é de 7,35. Não estamos perante um ranking de países, estamos todos a fazer o nosso caminho com um objetivo: proteger a vida dos nossos cidadãos”, reforçou.

Em termos de vacinação de alguns grupos prioritários desta primeira fase, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde observou ainda que aproximadamente 35% da população acima de 80 anos em Portugal continental “já recebeu pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19” e que “cerca de 9% já está imunizada com as duas doses de vacina”.

Paralelamente, há já 70% de profissionais de saúde que recebeu pelo menos uma dose da vacina.

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