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Greve na Gallo Vidro desconvocada após acordo com empresa

Negociações, que se prolongaram pela noite de sexta-feira, culminaram com aumento de 20 euros a todos os trabalhadores.

A greve agendada para este domingo na empresa Gallo Vidro, na Marinha Grande, foi desconvocada, após acordo com a empresa, disse hoje à Lusa o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV).

A coordenadora do STIV, Etelvina Rosa, explicou que o Grupo Vidrala, que detém a Gallo Vidro, chegou a acordo com os trabalhadores, que aceitaram a proposta da entidade patronal.

“Nesta última fase, os trabalhadores exigiam um aumento de 30 euros e não os 0,5%, que iria dar valores diferentes e irrisórios para cada trabalhador. O Grupo Vidrala disse que, fazendo um esforço, poderia dar 20 euros a todos. É um valor fixo, era o pretendido”, adiantou Etelvina Rosa.

As negociações, que se prolongaram pela noite de sexta-feira, culminaram ainda no acordo do pagamento do dia de Carnaval, que não é feriado oficial, mas que “será pago como se assim fosse”.

Os trabalhadores reivindicavam ainda o pagamento do complemento de Natal e passagem de ano para todos os funcionários que trabalham nestes dias, independentemente do turno que fazem, o que também foi aceite pela empresa.

“Os trabalhadores foram à luta e conseguiram uma mais-valia”, rematou Etelvina Rosa.

No pré-aviso de greve constavam, entre outras exigências, a atribuição de 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores, o direito ao dia de aniversário, considerando-o como folga adicional, a criação de um prémio anual (especial), com condições a definir e a redução do horário de trabalho de todos os funcionários para 35 horas semanais.

Na semana passada, o STIV e a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro convocaram uma greve na Santos Barosa, também do grupo Vidrala, que iniciou às 21 horas de segunda-feira e terminou na quarta-feira às 13 horas, por aumentos salariais de 3,5% e outras reivindicações.

“Vamos esperar que o grupo Vidrala, devido à força, determinação e coragem que estes trabalhadores demonstraram nestes dias, retome as negociações e não decida de forma unilateral o aumento do salário de 0,5%”, adiantou Etelvina Rosa, salientando que foi “o facto de a empresa ter tomado esta decisão unilateral que fez desencadear a greve com esta dimensão”.

Foto de arquivo: Vidrala

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