O presidente da Comissão Política Distrital de Leiria do Chega, Luís Paulo Fernandes, é o cabeça de lista à Câmara de Leiria nas eleições autárquicas, apontando como prioridades o apoio aos empresários e a resolução do problema ambiental das suiniculturas.
“Leiria é um concelho que tem muitos empresários em nome individual, pequenos empresários empreendedores, que procuram apoio, respeito, para que tenham mais tranquilidade no momento que aí vem” pós-pandemia, afirmou Luís Paulo Fernandes, empresário de 44 anos, natural e residente no concelho de Pedrógão Grande.
Segundo o dirigente do Chega, “a proteção e apoio aos empresários” é uma das suas prioridades, “para que haja produtividade” e, consequentemente, “melhores níveis de vida e de condições socioeconómicas”.
Luís Paulo Fernandes garantiu também que quer “agarrar e resolver, de uma vez por todas, o problema ambiental das suiniculturas”, classificando este problema como “uma vergonha nacional”.
A este propósito, assinalou a “conduta imprópria do Governo, que andou a prometer a ETES [estação de tratamento de efluentes suinícolas]”, assim como “um aeroporto ou o comboio de alta velocidade”.
“O que mais me revolta são as falsas expectativas nos leirienses. Mais vale prometer pouco e fazer alguma coisa”, declarou, defendendo que “a rede de alta velocidade é fulcral” e que “a nível nacional interessa colocar Leiria no centro, não apenas do ponto de vista geográfico”.
Luís Paulo Fernandes referiu ainda a importância de resolver “o problema do escoamento do saneamento e das águas pluviais na baixa da cidade de Leiria”.
O conselheiro nacional do Chega, cuja candidatura foi avançada pelo jornal Observador, reconheceu, igualmente, a necessidade de “combater a burocracia na câmara”, para que “não seja promovida a corrupção”.
“Vou fazer um trabalho de aproximação e de escuta dos empresários e população porta a porta. Vamos entrar nesta corrida para ganhar”, adiantou o candidato, considerando que o atual executivo, do PS, “está coxo”, com um “projeto que ficou a meio com a saída do anterior presidente [Raul Castro, eleito deputado em 2019] e a passagem de testemunho ao atual presidente [Gonçalo Lopes, candidato à liderança do município], o que pode ser o caminho para a vitória”.
Luís Paulo Fernandes destacou que “o desentendimento na passagem de testemunho cria incerteza, intranquilidade e instabilidade aos leirienses”, a que se soma a situação no partido da oposição, o PSD, que “está resumido, neste momento, à escolha difícil de um candidato”.
O cabeça de lista sublinhou que o partido “encara a política com seriedade” e “não deixa que os grandes interesses, os grandes lóbis, escolham os candidatos até para os partidos mais pequenos”, acrescentando que “o Chega teve um bom resultado nas eleições presidenciais no distrito e concelho de Leiria [o presidente do partido e candidato, André Ventura, foi o segundo mais votado]”.
“A leitura que fazemos é muito simples e objetiva: estes resultados serão multiplicados”, antecipou.
O presidente da Distrital de Leiria do Chega foi membro, entre 2013 e 2019 da Assembleia Municipal de Pedrógão Grande, eleito como independente na lista do PSD. Renunciou ao mandato para ingressar no Chega, partido pelo qual foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria nas últimas eleições legislativas. Luís Paulo Fernandes é ainda presidente da Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados.