Depois das temperaturas amenas do meio da semana que agora termina, com os termómetros a ultrapassarem os 25 graus na região, a primavera chega na manhã de amanhã, sábado, no dia mais fresco da semana. Ainda assim, em Leiria, as temperaturas devem subir já a partir de segunda-feira.
Este ano, o “Equinócio da Primavera ocorre no dia 20 de março às 09h37 horas”, aponta o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Este instante, explica ainda, “marca o início da Primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 92,7465 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de junho às 03h32”, altura em que começa o verão.
Por cá, a chegada da primavera contraria a experiência do meio da semana passada, altura em que as temperaturas máximas chegaram a ultrapassar os 25 graus Celsius na região, de acordo com os registos provisórios disponibilizados no sítio do IPMA.
Para amanhã, estão previstos 18 graus de temperatura máxima em Leiria, atingidos depois de uma temperatura mínima esperada para a próxima madrugada de, apenas, cinco graus. O sol, todavia, deverá ser uma constante, prevendo-se céu pouco nublado ou limpo e vento por vezes forte nas terras altas e na faixa costeira da região Centro.
No domingo, a temperatura máxima sobe para os 19 graus mas a primeira madrugada primaveril não faz jus à estação do ano, com apenas um grau positivo previsto para Leiria. O sol persiste no céu pouco nublado, situação que se deverá prolongar durante a semana: na segunda-feira são já esperados 22 graus de temperatura máxima em Leiria, mas a mínima permanecerá relativamente baixa: três graus.
Embora se associe o arranque da primavera ao dia 21, o certo é que já desde 2008, começa a dia 20. De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, este facto deve-se ao facto de o “período de translação da Terra não ser de exatamente 1 ano (365 dias) mas de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos”.
Assim, acrescenta, “num dado ano, a Terra atinge o ponto orbital correspondente ao equinócio cerca de 5h49′ mais tarde do que no ano anterior, ocorrendo o equinócio cada vez mais tarde”.
Consequentemente, ao fim de quatro anos “a diferença acumulada seria já de quase 1 dia (23h16′ em média). No entanto a aplicação da correção do ano bissexto ao fim de 4 anos faz com que a data recue 1 dia. Assim, ao fim de um ciclo de 4 anos, a data do equinócio atrasa cerca de 44 minutos. Isto significa que ao fim de cerca de 30 ciclos de 4 anos a data recua 1 dia completo”.
E, refere o OAL, “foi isto que aconteceu nas últimas décadas”.