O Centro de Saúde da Nazaré foi inaugurado, esta sexta-feira, substituindo um equipamento pré-fabricado provisório, que funcionou no mesmo local durante 36 anos. A cerimónia contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
Para o primeiro-ministro a conclusão do centro de saúde da Nazaré, cuja construção acompanhou “semanalmente”, marca o arranque da construção de muitos outros. “A lição fundamental que temos de tirar, depois de um ano de pandemia, é que o investimento em saúde tem de ser sempre prioritário”, considerou António Costa. Foi esse investimento, aliás, “que permitiu realizar este centro de saúde [da Nazaré]”.
“Esperamos que este Centro de Saúde tenha as mesmas características da onda da Nazaré. Já é grande, já é bonito, precisa de ser forte, como o SNS, para responder às necessidades assistenciais da população”, sublinhou a ministra da Saúde, que antes já tinha inaugurado a unidade de internamento dos Cuidados Paliativos no Hospital de Alcobaça.
Recordando a importância da obra da construção do Porto de Abrigo para a Nazaré, o presidente da Câmara da Nazaré considerou que o novo centro de Saúde, em funcionamento desde dezembro de 2020, é outra das “grandes obras” do município nos últimos anos.
Além do executivo da Nazaré estiveram ainda presentes a Presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno, e a responsável pelo Aces Oeste-Norte, Ana Pisco.
O novo Centro de Saúde da Nazaré resulta de um investimento de 1,4 milhões de euros, que veio substitui um pré-fabricado onde as duas unidades de saúde da vila funcionavam, em instalações provisórias há 36 anos. O equipamento conta com 30 profissionais e com as valências de Saúde Oral, Fisioterapia e psicologia, para 12.500 utentes.
Reforço das USF
O momento foi ainda aproveitado pelo primeiro ministro para anunciar que o Governo vai alocar parte importante do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) à concretização de mudanças estruturais do Serviço Nacional de Saúde, que este ano vai dispor de 12.100 milhões de euros.
“Vamos utilizar uma parte muito importante do PRR para reforçar ainda mais o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou António Costa, especificando que a verba servirá “não para responder aquilo que são as faltas do dia a dia, mas para fazer as mudanças estruturais que ajudam a reforçar o SNS na sua base”.
António Costa explicou que as mudanças estruturais incidirão sobre as Unidades de Saúde Familiar (USF), as unidades de cuidados integrados, a rede de cuidados paliativos e a rede de cuidados de saúde mental.
“No PRR, um dos objetivos que temos é que em todas as USF exista tratamento de saúde mental e exista cadeira de dentista”, afirmou o primeiro-ministro durante o discurso em que sublinhou que o SNS, este ano, irá “dispor, no total, de 12.100 milhões de euros”, de investimento.
A par da saúde oral, os cuidados continuados serão outra das prioridades, considerando o Governo ter “possibilidade de concluir essa rede, de forma a assegurar o número de camas suficientes em todo o país”, afirmou Costa.
A conclusão da rede será feita “em parceria com as misericórdias e com as mutualidades”, para que “todos possam ter mais esperança de vida”, com “maior qualidade”, disse.
No discurso, em que sublinhou a importância do SNS, António Costa lembrou que ao longo da legislatura o serviço contou com um reforço de 1.400 milhões de euros.
“Começámos a legislatura com um reforço de 900 milhões de euros para o SNS”, precisou, acrescentando que, após o início da pandemia de covid-19, o Governo incluiu no Orçamento Suplementar “mais um reforço de 500 milhões de euros”.
Ou seja, sublinhou, “só o ano passado o reforço de verbas no SNS foi o mesmo que tínhamos tido nos quatro anos anteriores”.
Com Lusa
Maria Teresa Pinto matos disse:
Nazaré… e o resto do país? O Alentejo tem necessidade imperiosa de uma Associação de Solidariedade de Saúde Mental.! Venham ver como vivem os doentes com esquizofrenia….
Neste momento Portalegre já poderia apoiar doentes nessa situação…mas como o apoio só foi prometido…a ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE PARTILHAR-AFECTOS, na qual fui Presidente durante 6 anos, fechou….porque o apoio não chegou. Fui eu quem pagou os últimos vencimentos às 3 funcionárias e aos dois psicólogos!…Ainda espero..( não espero..) que a SEGURANÇA SOCIAL me devolva a importância, conforme ficou agendado!
ADORARIA que a uma Associação de Saúde Mental, fosse uma realidade no ALENTEJO!
Foi um trabalho gratificante…!