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Rui Patrício falha ‘onze’ em qualificação quase uma década depois

Em jogos de apuramento para Mundiais e Europeus, o ‘dono’ da baliza da seleção lusa nunca falhou a equipa inicial desde setembro de 2011

O guarda-redes Rui Patrício, natural do concelho de Leiria, excluído do arranque luso para o Mundial2022 devido a lesão, vai falhar o ‘onze’ da seleção portuguesa de futebol em qualificação quase uma década depois, e pela primeira vez desde que assumiu a titularidade.

Em jogos de apuramento para Mundiais e Europeus, o ‘dono’ da baliza da seleção lusa nunca falhou a equipa inicial desde que, em 02 de setembro de 2011, Paulo Bento o escolheu para defrontar ao Chipre (4-0), em Nicósia, no apuramento para o Euro2012.

No total, Rui Patrício vai numa série de 46 jogos consecutivos, que será interrompida na quarta-feira, na receção ao Azerbaijão, deslocalizada de Alvalade para Turim devido à pandemia da covid-19, no que será o arranque de Portugal no Grupo A europeu de apuramento para o Mundial de 2022.

O guarda-redes dos Wolves nunca tinha falhado qualquer embate de apuramento para Europeus e Mundiais e, no que respeita a jogos oficiais, só não foi titular em cinco dos últimos 79.

As primeiras exceções aconteceram na fase final do Mundial de 2014, no Brasil, já que se lesionou no embate inaugural, com a Alemanha (0-4) e, depois, não pôde defrontar os Estados Unidos (2-2) e o Gana (2-1), sendo substituído por Beto.

O agora jogador do Farense voltou a ser o eleito para substituir Rui Patrício no terceiro jogo a ‘sério’ que este falhou, em 20 de 20 de novembro de 2018, na receção à Polónia (1-1), para a Liga das Nações, com Portugal já apurado para a fase final.

Foi na segunda edição da nova competição criada pela UEFA que o guarda-redes luso falhou os outros dois encontros: foi suplente de Anthony Lopes face à Croácia (4-1 em casa, em 05 de setembro de 2020) e à Suécia (2-0 fora, três dias depois).

De resto, Rui Patrício foi sempre titular na baliza lusa em jogos oficiais: 10 para o Euro2012 (cinco na fase final), 13 para o Mundial2014 (um), 15 para o Euro2016 (sete), 14 para o Mundial2018 (quatro), oito para o Euro2020, cinco na Taça das Confederações e nove na Liga das Nações (dois).

Natural de Marrazes, Leiria, onde nasceu em 15 de fevereiro de 1988, Rui Patrício foi lançado no Sporting por Paulo Bento em 19 de novembro de 2006, num jogo da 10.ª jornada da I Liga 2006/07, e, para ‘aperitivo’, defendeu um penálti, num triunfo por 1-0.

Já habitual titular do Sporting, foi chamado pela primeira vez à seleção lusa em 29 de janeiro de 2008, pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari, para um particular com a Itália, que Portugal perdeu por 3-1, com Ricardo, então no Betis, na baliza.

Mesmo sem qualquer internacionalização ‘AA’, foi convocado por ‘Felipão’ para o Euro2008, mas, depois, com Carlos Queiroz nunca foi utilizado e não foi eleito para o Mundial de 2010, sendo preterido em relação a Eduardo, Beto e Daniel Fernandes.

Tudo mudou, depois, com a chegada de Paulo Bento, que o promoveu a internacional ‘AA’ logo ao seu terceiro jogo: entrou ao intervalo face à Espanha, substituindo Eduardo, e não sofreu qualquer golo, numa goleada por 4-0 face aos então detentores dos títulos mundial e europeu, em 17 de novembro de 2010, na Luz.

Em 26 de março de 2011, foi pela primeira vez titular, num particular com o Chile (1-1), disputado em Leiria, e, em 02 de setembro do mesmo ano, surgiu no ‘onze’ no Chipre (4-0), em encontro de apuramento para o Europeu de 2012.

Esse jogo marcou uma nova ‘era’ na baliza da seleção lusa, a ‘era’ Patrício, que, uma década depois, continua vigente, sendo que estes primeiros três jogos de apuramento para o Mundial2022 vão ser, certamente, apenas mais três exceções à regra.

No total, Rui Patrício, campeão europeu em 2016 e vencedor da Liga das Nações de 2019, totaliza 92 internacionalizações ‘AA’, sendo o ‘rei’ dos guarda-redes da história da formação das ‘quinas’, e é o mais utilizado na ‘era’ Fernando Santos, tanto em termos de jogos (60) como de minutos (5.550).

Um choque com um companheiro de equipa, no jogo do Wolverhampton com o Liverpool, no última segunda-feira, é a causa da baixa do ‘dono’ da baliza da formação das ‘quinas’, que foi substituído nos 25 eleitos por José Sá (Olympiacos).

Na receção ao Azerbaijão (quarta-feira, em Turim) e nas deslocações a Sérvia (sábado) e Luxemburgo (30 de março), Anthony Lopes, guarda-redes do Lyon, parte na ‘pole’ para a titularidade, também com a concorrência de Rui Silva (Granada).

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