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Cultura

57 filmes para matar saudades do Leiria Film Fest a partir de quinta-feira

O festival de curtas-metragens arranca dia 27 de maio e oferece muitos filmes até domingo, projetados no Teatro Miguel Franco e mimo – Museu da Imagem em Movimento.

Leiria Film Fest está de volta com 57 filmes, 27 dos quais concorrem aos prémios do festival internacional de curtas-metragens Foto: LFF

Em 2020 ia acontecer a mais ambiciosa edição do Leiria Film Fest de sempre. Mas no dia de arranque, a pandemia obrigou a cancelar tudo e o programa da sétima edição teve de ser praticamente todo adaptado ao online e parcialmente cancelado. O revés abalou o ânimo da organização, assume Bruno Carnide, diretor do festival de curtas-metragens, mas a oitava edição aí está, a partir de quinta-feira, 27 de maio, com 57 filmes todos exibidos presencialmente para matar saudades do festival de Leiria e do cinema em sala.

Com menos ambição do que em 2020 mas com uma programação sólida dividida pelo Teatro Miguel Franco e mimo – Museu da Imagem em Movimento, o Leiria Film Fest apresenta na competição curtas que chegam de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Canadá, Eslováquia, Albânia, Islândia, Guiné-Bissau e Hungria.

Entre quase 500 filmes candidatos, foram selecionados 27, que concorrem aos prémios de ficção, animação e documentário. Dez curtas são exibidas pela primeira vez em território nacional, sendo que três vão ter estreia absoluta em Leiria.

“São filmes de muita qualidade”, promete Bruno Carnide, garantindo igualmente muita atualidade, em sequência de uma novidade que surge com esta edição: o festival passa a admitir apenas filmes que tenham sido lançados no ano de cada edição ou no ano imediatamente anterior.

Assim, houve já alguns filmes que abordam a pandemia que se apresentaram a concurso, mas não passaram na seleção final. Em vez disso, o diretor do festival explica que a nota dominante na secção documental são “as histórias muito pessoais”, enquanto na ficção a abordagem incide sobre “as relações familiares, sobretudo os mais novos”. Na animação, a inclusão aparece como tema forte.

Por outro lado, o festival reflete um “crescimento natural da produção regional”, com mais filmes feitos na região – incluindo Ourém e Tomar – a participar. “Há uma diferença grande entre os primeiros anos e estes últimos e o Leiria Film Fest também tem contribuído para isso”, afirma Bruno Carnide.

A par de nomes habituais no festival de Leiria, que mostram aqui a sua produção regular, surgem novos valores, sobretudo das escolas da região.

Quanto aos restantes filmes, surgem incluídos nas sessões especiais, que resultam da parceria com outros festivais, além de uma sessão dedicada à filmografia do luso-guineense Welket Bungué, ator e realizador que estará na cidade. Um dos momentos relevantes do programa é a homenagem ao realizador leiriense Ricardo Portela, que morreu no início de 2021, e que será lembrado também com a exibição de dois filmes.

Em 2020, o festival regressa ao formato misto, ou seja, em que cada sessão dedicada à competição haverá ficção, animação e documentário.

A abertura é na quinta-feira, às 18 horas, com filmes escolhidos pela distribuidora Mailuki Films no Teatro Miguel Franco, e o encerramento será no mimo, domingo, dia 30 de maio, às 16 horas, com o anúncio dos vencedores. As entradas são gratuitas, mas é necessária reserva através do e-mail teatromfranco@teatrojlsilva.pt. O programa integral está disponível em https://leiriafilmfest.com/program/.

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