O responsável pelo Museu do Sporting em Leiria, José Bernardes Dinis, disse esperar que a possível conquista do título de campeão nacional de futebol pare o país e pinte a cidade de ‘verde e branco’.
A formação comandada por Rúben Amorim pode alcançar o 19.º título de campeão nacional para o Sporting amanhã, terça-feira, caso vença em casa ao Boavista, ou hoje, se o FC Porto não vencer ao Farense, na 32.ª e antepenúltima jornada da I Liga.
A esse sucesso, Bernardes Dinis, que ama o Sporting como poucos e tem no Museu do Sporting em Leiria como o seu santuário, ao qual dedicou grande parte da sua vida, atribui as responsabilidades ao presidente leonino Frederico Varandas e ao treinador Rúben Amorim.
“Há que destacar duas pessoas: Frederico Varandas, pelo arrojo em ir buscar um treinador que todos duvidavam que fosse capaz de trabalhar com a experiência e irreverência e o próprio Rúben Amorim, que jamais será apagado da história do Sporting. Faço-lhe uma grande vénia pelo seu profissionalismo e trabalho que desenvolveu com a restante equipa técnica”, frisou Bernardes Dinis.
Ambos, tornaram possível algo em que não acreditava no início da época, sobretudo com uma “equipa tão jovem e irreverente”, mas, apesar disso, o sócio n.º 3.403 recordou o ecletismo do clube, com a conquista de outros títulos, além do desporto rei.
“Se não é numa modalidade, é noutra. Até a nível europeu, como sucedeu recentemente com o futsal. Há é uma falta de cultura desportiva e só se conhece o futebol. Os próprios sócios não sabem que os três clubes com mais títulos europeus são o FC Barcelona, o CSKA e o Sporting, que conquistou agora o 38.º título em sete modalidades diferentes”, revelou.
Sportinguista desde que se conhece, a sua paixão ao verde e branco estendeu-se à restante família. Mulher, filhos e netos todos são sócios.
Há 19 anos, Bernardes Dinis assistiu ao jogo decisivo do 18.º título de campeão dos ‘leões’ no Núcleo Sportinguista de Leiria. “Foi uma verdadeira loucura”, admitiu, mas, desta vez, vai ver a receção ao Boavista em casa.
“Não sei como vou fazer a festa, porque as emoções são incontroláveis. Pelo Sporting já chorei muito e vivo muito intensamente todas as suas participações. Tenho ficado fascinado com o número de pessoas que me tem ligado de todo o país e até do estrangeiro para falar sobre o título e sobre o Sporting. Isso tem-me emocionado muito”, sublinhou.
Tal como há 19 anos, espera voltar a ver a cidade de Leiria vestida de verde e branco.
“O país vai parar. Basta ver os últimos trajetos da equipa e todo o acompanhamento que tem tido de norte a sul do país. Diz bem do que é a grandeza do Sporting”, assumiu.
O Museu do Sporting nasceu precisamente da sua dedicação ao clube. Ainda criança começou a reunir recordes de jornais e, aos poucos, a sua coleção pessoal foi crescendo e transformou-se num acervo riquíssimo de informação sobre o emblema ‘leonino’.
Com Lusa