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Sociedade

Centro para migrantes vai dar resposta a 6 mil estrangeiros de Leiria

No concelho existem 90 nacionalidades diferentes e 40% dos imigrantes são brasileiros.

O Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) de Leiria foi inaugurado, na quinta-feira, no edifício da Câmara Municipal e irá dar resposta a cerca de seis mil estrangeiros residentes no concelho.

“No Município de Leiria reconhecemos o importante contributo que a população de origem estrangeira, superior a seis mil pessoas, dá para o desenvolvimento e criação de riqueza para esta região, e desejamos que o nosso concelho possa ser olhado como opção definitiva de residência”, disse o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.

O 117.º CLAIM inaugurado pelo Governo em todo o país irá contribuir para garantir uma “abordagem de proximidade e esclarecer dúvidas”, adiantou a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira.

A governante revelou que em Leiria existem 90 nacionalidades diferentes e 40% dos imigrantes são brasileiros.

“Os estrangeiros são 5% da população residente em Leiria e o CLAIM vai assegurar os direitos das populações migrantes”, sublinhou, ao informar que os CLAIM já efetuaram “um milhão de atendimentos” desde a sua criação.

A funcionar com uma técnica, o CLAIM de Leiria terá sempre o apoio do Alto Comissariado para as Migrações para esclarecer dúvidas e dar formação sobre a legislação.

“A grande mais-valia é ter uma abordagem de proximidade. Poderá esclarecer dúvidas sobre a documentação do SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras], sobre o reagrupamento familiar, para trazerem os familiares ou sobre como terem um contrato de habitação e de trabalho”, adiantou Cláudia Pereira, enaltecendo a importância de o CLAIM estar a funcionar dentro das instalações da Câmara, pois “é onde vão os portugueses e os migrantes”.

Para a secretária de Estado, “ter este centro muda a vida de um migrante”.

Considerando que receber um CLAIM em Leiria é “um passo no compromisso assumido pelo Município de Leiria na construção de um território pleno de igualdade”, Gonçalo Lopes defendeu um “aprofundamento dos mecanismos de apoio à população migrante que se encontra numa situação de especial vulnerabilidade face ao contexto pandémico que tende a acentuar os desequilíbrios e desigualdades sociais”.

Foi a pensar nesta população que o Município de Leiria alterou o regulamento do Fundo Municipal de Emergência Social, de modo “a abranger toda a comunidade migrante, mesmo a residente há pouco tempo, de modo a prestar apoio às pessoas que subitamente perderam as suas fontes de rendimento”, acrescentou Gonçalo Lopes.

Agora com 117 espaços por todo o país, os CLAIM são um serviço do Alto Comissariado para as Migrações em parceria com diversas entidades autárquicas ou da sociedade civil, que têm como objetivo apoiar em todo o processo de acolhimento e de integração dos migrantes, promovendo em simultâneo a interculturalidade a nível local.

A vereadora do Desenvolvimento Social, Ana Valentim, explicou que o CLAIM de Leiria terá uma técnica da área social a tempo inteiro que já teve formação com o Alto Comissariado para as Migrações.

“Vamos articular com as outras associações locais que já trabalham com esta população e vamos iniciar contactos para a semana. O objetivo é ter o nosso CLAIM em funcionamento na próxima segunda ou terça-feira”, revelou Ana Valentim.


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