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Saúde Exclusivo

Denise Alexandra Velho: “A minha preocupação é a exaustão e saúde mental dos meus profissionais”

Com a pandemia, a falta de profissionais acentuou-se assim como as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde primários. Os centros de saúde tiveram de se readaptar mas há espaço para melhorar, admite a presidente do Conselho Clínico do ACeS PL

Os centros de saúde fecharam portas com o primeiro confinamento e tiveram que se readaptar. O que foi mais difícil?
No primeiro confinamento, tivemos orientações superiores para fechar e drenar tudo para as áreas dedicadas aos doentes Covid (ADC) e desmarcar tudo o que tínhamos marcado durante o estado de emergência. Não chegou a durar dois meses mas tivemos que fazer mais contactos telefónicos e por email, o que nem todos os profissionais estavam habituados a fazer e isso foi uma dificuldade. Houve ainda dificuldades técnicas ao nível das linhas telefónicas. Algumas unidades não têm centrais telefónicas, outras têm centrais obsoletas. Por exemplo, quando um utente tenta ligar para o seu centro de saúde, o telefone toca e a pessoa fica a pensar que estão a ouvir mas que não estão a atender, quando, na verdade, a linha está ocupada. Em termos do email, a lentidão da internet também dificultou um pouco. Gostaríamos de estar mais bem apetrechados, com meios tecnológicos que nos possibilitassem fazer videoconsultas, mas não temos grandes condições para isso. Nem condições nem formação porque também é preciso ter formação para fazer uma videoconsulta bem feita.

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