O presidente da Câmara de Leiria agradeceu hoje aos profissionais de saúde que estiveram na linha da frente no combate à pandemia de covid-19, considerando não haver palavras que traduzam a gratidão pelo trabalho que fazem.
“Não há palavras que traduzam a nossa gratidão, não há dinheiro que pague a vossa entrega e a vossa generosidade”, afirmou Gonçalo Lopes.
O autarca, que discursava na sessão solene comemorativa do Dia do Município, no Teatro José Lúcio da Silva, considerou que “as mulheres e homens que estiveram expostos aos riscos na linha da frente desde o primeiro minuto são os heróis entre os heróis que lutam por nós contra a pandemia”.
Segundo Gonçalo Lopes, ao longo destes 14 meses de pandemia, “tornou-se evidente uma homenagem que seria incontornável nesta cerimónia”, aos profissionais da saúde, do público e privado, personalizados pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, Centro Hospitalar de Leiria e Laboratórios Beatriz Godinho.
O presidente da câmara sustentou que as medalhas entregues àquelas entidades “simbolizam o abraço de reconhecimento e gratidão” que a “população desejaria dar a todos os profissionais de saúde”, salientando que este agradecimento se estende aos setores assistencial e económico e aos leirienses que, neste período, “deram um exemplo de união e espírito de resiliência que é extraordinário”.
Reconhecendo que este “tem sido também um tempo de despedidas antecipadas, de heróis que partiram antes do tempo, apanhados na curva da vida por uma epidemia injusta e impiedosa”, Gonçalo Lopes recordou o bombeiro-ciclista recordista do mundo Carlos Vieira para “prestar homenagem às 166 vítimas [mortais] que esta pandemia fez até ao momento” no concelho de Leiria. De seguida, fez-se um minuto de silêncio.
Apesar da pandemia, Gonçalo Lopes salientou que hoje é um dia feliz para Leiria, com a reabertura do Castelo, após uma “profunda intervenção de valorização patrimonial”.
“Com este investimento vencemos o declive e trouxemos o Castelo para o nível da cidade, democratizando, com a construção de três elevadores, o acesso ao nosso monumento”, assinalou.
Para o autarca socialista, a celebração do Dia do Município constitui, também, pretexto para olhar para o que Leiria é e o que quer ser.
“Neste tempo de constante e profunda mudança, temos duas opções, ficar para trás a remoer na crítica e na maledicência, sempre no rasto dos que lideram, ou agir e seguir no grupo da frente”, afirmou, dizendo preferir a segunda via.
“É esta a filosofia que queremos seguir. Não a de aprisionar Leiria ao conformismo, à pequenez, ao imobilismo, mas, antes, semear o sonho, a ousadia e, sobretudo, a ambição”, declarou, elencando, entre outras, a ambição de ser Capital Europeia da Cultura ou “de fazer de Leiria um território de referência na área ambiental”.
A cerimónia inclui a distinção, com diferentes medalhas de mérito municipal, de um conjunto de 19 pessoas, quatro das quais a título póstumo, empresas e entidades.
O concelho de Leiria regista, desde o início da pandemia, em março do ano passado, 7.133 casos do novo coronavírus, mantendo-se 52 ativos, segundo o último boletim da Comissão Distrital de Proteção Civil, divulgado hoje. Recuperam da doença 6.915 pessoas, havendo ainda 166 óbitos a registar.