Com inúmeros trabalhos já expostos em vários pontos do país e no estrangeiro, Nuno Sousa Vieira, artista plástico de Leiria, inaugura, esta quinta, dia 13, a exposição “Não me lembro da primeira vez que olhei para o céu” na Galeria Vilaseco, em Corunha, Espanha.
“Não recordo a primeira vez que olhei para o céu, e é muito provável que não recorde a última” é o mote dos trabalhos da exposição em que o artista problematiza a relação do observador com o céu “infinito”, procurando novos ângulos de visão.
Da observação do céu, Nuno Sousa Vieira refere que “olhar para o céu é representar dramaticamente a diversidade de habitantes do campo visual e embora a relação figura-fundo pareça extremamente clara, isso não é porém suficiente para aclarar qualquer compreensão que não se apresente como infinita”.
É uma “observação sem fundo”, em que se juntam as estrelas, as nuvens, a Lua, e em que “os mais conhecedores” podem identificar as três galáxias, diz.
A exposição aborda, ainda, a dialética entre o “finito que está nos pés e o infinito que se apodera dos olhos”, sendo que os olhos põem em questão a condição do observador em perspetiva.
Tal como acontece em todos os trabalhos do artista, há uma problematização e contextualização permanente de cada uma das partes intervenientes no processo criativo, interligando o espaço com a obra, o artista e o espetador.
A exposição permanece patente até 30 de julho.