A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, defendeu esta manhã, em Figueiró dos Vinhos, a necessidade de se valorizar o interior para evitar tragédias humanas associadas ao abandono dos territórios.
As declarações da ministra foram realizadas na cerimónia de inauguração do Complexo Empresarial Sonuma e a responsável insistiu na importância de investir nos territórios de baixa densidade demográfica para que “nunca mais aconteçam estas tragédias”, como há quatro anos, nos incêndios de 2017.
“Os territórios têm de ser valorizados”, disse, considerando que a aposta no conhecimento e na inovação, a par de atividades como a agricultura, a silvicultura e o turismo, contribuirão para inverter a tendência de abandono do interior que tem vindo a acentuar-se nas últimas décadas.
Para a ministra da Coesão Territorial, importa agora que o Estado, as autarquias e diferentes entidades, públicas e privadas, “tenham aprendido a lição” de 2017.
Exemplo disso parece ser o Complexo Empresarial Sonuma, uma iniciativa da Câmara Municipal, liderada por Jorge Abreu, do PS, que contou com apoio de fundos europeus do Centro 2020, e está a trazer algum dinamismo ao concelho.
A obra consistiu na “reconversão de um espaço devoluto numa moderna área de instalação empresarial”, explica a autarquia. “São sete espaços distintos e autónomos onde a curto prazo teremos sete empresas a laborar. Três estão já em plena laboração e as restantes quatro em fases diferentes de instalação”, informou Jorge Abreu na sua intervenção, perante uma plateia de que faziam parte, entre outros, a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, que usou da palavra, e o presidente da Assembleia Municipal local, Carlos Silva, que também é secretário-geral da UGT.
Além da inauguração do Complexo, houve, ainda, lugar a uma homenagem aos fundadores que deram origem ao nome SONUMA, a antiga empresa de recauchutagem que se firmou naquele que é agora um espaço renovado e potencializador da economia da região.
“Era um espaço de grande dimensão que se encontrava sem utilização, fruto do encerramento da empresa Sousa, Nunes & Machados, uma unidade de recauchutagem que faz parte da história de Figueiró dos Vinhos e da região, pela importância que tinha neste território, quer no número de trabalhadores, quer na dinâmica económica que evidenciava, sendo uma referência na região”, realça a comunicação da autarquia.
A candidatura aprovada abrangeu um investimento global de 1.073.118,98 euros, com uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 912.151 euros (85%).
Com Lusa
Foto: CMFV