Um proprietário de uma casa em Vila Cã, situada ao lado da área onde a Câmara Municipal de Pombal (CMP) está construir o novo centro escolar daquela freguesia, queixa-se que a autarquia está a usar parte de um terreno seu.
Bruno Frade, residente em Vila Cã, foi à reunião de executivo municipal de Pombal, que decorreu na passada sexta-feira, dia 21, pedir à autarquia para “assumir o erro”. De acordo com o morador, o proprietário que vendeu o terreno ao município “admitiu os erros das áreas e os limites”.
Ou seja, parte da área onde está a ser construído o centro escolar de Vila Cã, pertence, na verdade a Bruno Frade, que diz que já foi “obrigado a chamar a GNR” e a pôr-se “à frente das máquinas”.
Em resposta ao morador, o presidente da CMP, Diogo Mateus, diz que, quando Bruno Frade comprou o terreno em questão, já sabia que tinha o município como vizinho. Refere também que, quando o morador retificou a área do terreno – de 1768 metros quadrados para 4508 – nunca se dirigiu à autarquia para conversar e fazer “o acerto das extremas”.
“Fizeram-no à revelia da câmara municipal, que era o vosso vizinho”, acusou. E prosseguiu: “dir-me-á que as áreas poderiam não estar bem. Muito bem, vamos conversar sobre isso”. Para abdicar do terreno em disputa, a CMP teria que rever o projeto da escola.
O caso avançou para a justiça, causando o embargo da obra do centro escolar, que tem um custo de 1,4 milhões de euros. Diogo Mateus fez previsões sobre o que poderá acontecer em tribunal, mas disse que havia margem para diálogo. “Se os senhores quiserem vir falar comigo, as portas estão abertas”, afirmou, acrescentando, no entanto, que a câmara não vai pagar “o mesmo terreno duas vezes”.
O novo centro escolar de Vilã Cã tem um custo de 1,4 milhões de euros.
Morador diz que a Câmara de Pombal lhe ficou com parte do terreno
Caso em Vila Cã avançou para a justiça e provocou o embargo da construção, que está orçada em 1,4 milhões de euros.