Sara Santos é a candidata do Chega à Câmara da Batalha e tem como um dos seus objetivos “pôr fim aos obstáculos” e “burocracia” naquele concelho do distrito de Leiria, referiu à Lusa.
“Aceitei candidatar-me, porque a Batalha há anos que é governada pelos mesmos, onde para alguns a burocracia não existe e para outros é-lhes imposto uma série de obstáculos dificultando-lhes a vida, onde uns podem fazer tudo e outros nada”, salientou numa resposta escrita enviada à Lusa.
Sara Santos, de 31 anos, acrescentou que pretende “melhorar a vida dos batalhenses, nomeadamente eliminar drasticamente a burocracia vivida nesta câmara”.
Segundo afirmou, “nos últimos anos, a proximidade para com a população do concelho nunca foi uma prioridade, ou melhor, inexistente”.
“Também temos como objetivo apoiar e incentivar o empreendedorismo na Batalha, nomeadamente apoiar o crescimento do turismo, incentivar os empresários locais e apoiar as ideias dos jovens empresários. Tanto eu como a minha equipa, queremos que seja um concelho em que as famílias gostem e que sintam orgulho de viver”, destacou ainda.
A cabeça de lista referiu que aceitou candidatar-se por “saber que existem muitas pessoas descontentes com o atual presidente da câmara, pois o seu foco é direcionado para um grupo restrito”.
“O facto de ter 31 anos e de não ter experiência política, não significa que não tenha conhecimento, coragem, valores e caráter. Não encaro como uma desvantagem, muito pelo contrário, demonstra que não tenho qualquer vício político e que não estou sujeita a jogos de interesse, até porque não preciso da política para subsistir”, afirmou.
Uma Batalha “justa e igual para todos” é um dos seus desígnios, assim como libertar o Município da teia de interesses e de favores”.
“Recordo que na minha infância andei pelas aldeias da Batalha com os meus pais. Hoje, com 31 anos, volto a estas aldeias e encontro estes locais precisamente iguais como eram há 20 anos. Estas freguesias estão estagnadas há décadas”, lamentou.
O fim das portagens na autoestrada 19 (A19) será também uma luta sua. A construção da A19 “tinha como objetivo desviar o trânsito do Mosteiro da Batalha”, no entanto, como é paga “as pessoas continuam a circular pelo IC2 [itinerário complementar 2]”.
Com o objetivo de ser eleita presidente da autarquia, Sara Santos propõe “fazer da Batalha um exemplo, como é o caso das aldeias e vilas da Suíça”.
Natural da Suíça, a candidata regressou a Portugal com apenas 2 anos. Filha de pais portugueses residentes na Batalha e em Leiria, é médica veterinária de formação desde 2017, tendo pós-graduação em Medicina Veterinária Integrativa.
Possui ainda várias outras formações na área da estética avançada e da banca, apontou.
Foto: Joaquim Dâmaso