A quarta edição do Festival Artes à Vila, na Batalha, esgotou a lotação presencial e gerou ainda cerca de cinco mil visualizações online nas diversas plataformas, anunciou a organização
O festival atraiu espectadores para todos os lugares disponíveis nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, onde decorreram os concertos desta edição, transmitida (e retransmitida) através das redes sociais do Artes à Vila e da RTP Palco.
Para o diretor do festival, Eduardo Jordão, o balanço é “absolutamente incrível”, confirmando como acertada a opção por um formato híbrido, com espetáculos com público ao vivo e transmissão “em formato televisivo de excelência e qualidade”. Em 2022 Artes à Vila continuará a ter plateias presenciais e emissão em streaming, avança.
Em tempos de pandemia “é essencial levar a cultura a casa das pessoas através das redes sociais, da televisão e da rádio”, sublinha o organizador, realçando que, devido ao contexto atual, “cada edição [do Artes à Vila] tem sido mais difícil” pela necessidade de ajustar o modelo do festival às circunstâncias.
Eduardo Jordão explica ao REGIÃO DE LEIRIA que o registo online tem um grande impacto fora de Portugal:
“Os portugueses que estão em França, Espanha, no Canadá e no Brasil acompanham o festival e os seus artistas favoritos”, o que aconteceu tanto nas transmissões em direto como nos “pós-diretos, que têm tantas ou mais visualizações que o direto”.
O festival, um dos poucos que resistiu em 2020, voltou a provar em 2021 que “a cultura é segura” e que “em Portugal há todas as condições para se desenvolver novos modelos e de presença física nos festivais”, conclui Eduardo Jordão.