Não há sorrisos para a câmara ou poses ensaiadas. As fotografias de Nuno Vasco Rodrigues, biólogo marinho, fotógrafo de conservação e investigador do Politécnico de Leiria, retratam a natureza. E valem prémios internacionais.
Esta semana, o trabalho do fotógrafo e investigador, foi distinguido internacionalmente, com o primeiro lugar numa competição de fotografia levada a cabo pela Ocean Geographic Society.
Nuno Vasco Rodrigues, que também é coordenador de Cogestão da Reserva Natural das Berlengas, conquistou o primeiro lugar na categoria de Fotógrafo de Conservação do ano e obteve a segunda posição na categoria de Fotojornalismo do ano, na competição de fotografia sobre o Oceano, promovida anualmente pela Ocean Geographic Society, revelou esta tarde o politécnico da cidade do Lis.
“All hands on deck” é o nome da fotografia, “feita a sul da ilha do Pico e que ilustra investigadores da Universidade dos Açores numa recolha de lixo marinho na superfície do mar” e que valeu o primeiro lugar. Nuno Rodrigues utilizou o “split-shot”, uma técnica que abrange uma parte subaquática e outra parte emersa.
Segundo a nota de imprensa do politécnico, a fotografia que deu o primeiro lugar do pódio ao fotógrafo de conservação português “foi escolhida por Sylvia Earle, pioneira lendária do mundo subaquático e exploradora residente da National Geographic, que realçou que a imagem premiada é um ‘motivo de esperança, que atinge em cheio o coração'”.
Por sua vez, na categoria de Fotojornalismo do ano, o fotógrafo e investigador, concorreu com uma história denominada “Azorean Blues”.
Esse trabalho “descreve um projeto piloto de investigação sobre os movimentos de tubarões-azuis em águas açorianas, desenvolvido por investigadores da universidade local”, explica nota do Politécnico de Leiria que adianta que a história será publicada na edição de julho da revista da Ocean Geographic.
“Estes prémios têm um significado muito especial, particularmente pelas categorias em que se inserem: Fotojornalismo e Conservação. É através do fotojornalismo que procuro trazer ao grande público imagens que, de alguma forma, contem histórias do Oceano e alertem para a necessidade da sua conservação”, salienta Nuno Rodrigues, citado na nota de imprensa hoje divulgada.
“Espero que estas distinções tragam visibilidade às imagens e contribuam para ajudar na mudança de comportamentos necessária para um futuro mais risonho do nosso planeta azul”, acrescenta.