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Cultura

Anos de preparação são mais-valia da candidatura Leiria a Capital da Cultura

“A mais-valia da nossa candidatura é, seguramente, ser uma candidatura que está a ser construída há muito tempo”, afirma Paulo Lameiro

O coordenador da Rede Cultura 2027, Paulo Lameiro, considerou que a mais-valia da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura deve-se aos anos de preparação.

“A mais-valia da nossa candidatura é, seguramente, ser uma candidatura que está a ser construída há muito tempo”, afirmou à agência Lusa Paulo Lameiro, a propósito da apresentação, hoje, no Castelo de Leiria, da equipa redatora e das linhas gerais da proposta de candidatura (‘Bid Book’) de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027.

A equipa é constituída por Ana Bonifácio (arquitetura), Ana Umbelino (autarca), Elisabete Paiva (diretora artística), Lígia Afonso (professora e curadora) e Teresa Andresen (arquiteta paisagística e engenheira agrónoma). O historiador José Mattoso é o presidente honorário da candidatura.

“[Leiria] Foi a primeira cidade a manifestar esta vontade e foi a primeira cidade a pôr-se ao caminho, utilizando esta expressão ‘cool’”, realçou Paulo Lameiro.

Em 22 de maio de 2015, Dia do Município, o então presidente da Câmara, Raul Castro, disse que pretendia que Leiria “ganhasse o estatuto de um concelho incontornável no panorama regional, com uma capacidade excecional de atração turística e de vivência para quem aqui reside”, referindo que esta estratégia passava por “estabelecer metas e objetivos, mas também por acreditar que um dia” Leiria estaria preparada para se candidatar, por exemplo, a ser Capital Europeia da Cultura em 2027.

Quase quatro anos depois, em 22 de fevereiro de 2019, foi assinado o manifesto da Rede Cultura 2027, que contém os compromissos, linhas orientadoras e objetivos do projeto, multiplicando-se, desde então, as iniciativas nas mais diversas áreas culturais.

Paulo Lameiro, o coordenador do Grupo Executivo da Rede Cultura 2027, estrutura responsável pela candidatura que tem Leiria como ponto de partida, mas que envolve outros 25 concelhos de três comunidades intermunicipais (Leiria, Oeste e Médio Tejo), onde vivem cerca de 800 mil pessoas, salientou que esta rede “junta territórios que, normalmente, não estavam juntos”.

“Não trabalhavam juntos, não atuavam juntos na economia, na política, na educação, na cultura e, ao longo de três anos, constituiu-se já um conjunto de estruturas”, destacou, adiantando haver muitos projetos que já estão no terreno “a ser tecidos pelas escolas, pelos museus, pelas bibliotecas e o que for escrito no ‘Bid’ não é já somente uma vontade, um desejo, já reflete um trabalho feito por este território”.

Entre as propostas da candidatura está “o reconciliar da cultura e natureza, a revelação das preexistências, a capacitação e profissionalização dos atores e estruturas culturais deste território”, exemplificou o responsável.

“É tão importante investir na dimensão europeia e internacional da candidatura, quanto na promoção e no reconhecimento dos atores culturais do nosso território”, frisou, apontando “a redescoberta da paisagem” como outra ideia.

“Com os Censos 2021 tomámos mais consciência da desertificação do Interior (…). Estes dados recomendam-nos, vivamente, a que a cultura possa desempenhar um papel de coesão territorial, de reequilíbrio social e demográfico, que, de resto, estão em sintonia com os modelos mais sustentáveis que hoje ambicionamos e que a pandemia revelou”, acrescentou.

Além do Conselho Geral, onde têm assento os 26 presidentes de Câmara (o presidente do município de Leiria, Gonçalo Lopes, lidera), os politécnicos de Leiria e Tomar, a Associação Empresarial da Região de Leiria e a Diocese de Leiria-Fátima), a Rede Cultura 2027 tem um Conselho Estratégico, presidido por João Bonifácio Serra, e um Grupo Executivo.

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