O agravamento da falta de médicos no concelho de Ourém nos últimos meses levou o presidente da autarquia, Luís Albuquerque, a reunir ontem, dia 19, com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e com o presidente do Conselho Diretivo da ARS-LVT (Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo), Luís Pisco, na tentativa de encontrar uma solução para o problema.
Este foi o tema principal do encontro, no entanto, as soluções pedidas ficaram por indicar, diz o município em comunicado, acrescentando que António Lacerda Sales argumentou tratar-se de “um problema transversal, mas que está atento à especificidade de Ourém”.
Na segunda-feira, Luís albuquerque tinha apresentado o problema em reunião de Câmara, alertando para o “aumento do número de utentes oureenses sem médico de família, situação que afeta mais de 10 mil munícipes (cerca de 20% da população do concelho)”. Explicou ainda que a situação se agravou recentemente com o resultado do concurso de colocação de especialistas em Medicina Geral, o que deixou “168 vagas por preencher em todo o território nacional”.
Ontem, na reunião com o secretário de Estado, o número dois do Ministério da Saúde apresentou “um rol de soluções com vista à minimização” da situação no concelho de Ourém e confirmou o “reforço do Município na requalificação das extensões de saúde”, garantindo “melhores condições de trabalho” para os médicos.
Ainda assim, os resultados saídos desta reunião, entende a autarquia, estão longe de resolver o problema existente e outras questões analisadas também no encontro ficaram por solucionar, designadamente a criação de um novo serviço de urgência no Centro de Saúde de Ourém (SAP – Serviço de Apoio Permanente), a funcionar durante a semana, para “aliviar a afluência de oureenses” a serviços de urgência de unidades hospitalares limítrofes.
