O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou o compromisso de em 2023 ter contabilizados e identificados os animais errantes em Portugal.
De acordo com o titular da pasta do Ambiente, “é essencial conhecermos os animais que temos em casa e os animais errantes”, acrescentando que, “para os conseguirmos esterilizar, temos de ter um número finito desses animais” e, com a ajuda das autarquias e das associações zoófilas, “em 2023 será possível saber”.
A iniciativa sustenta-se em cinco pilares: identificação, esterilização, adoção, educação e participação, englobando assim medidas de promoção do tratamento condigno dos animais de companhia, de combate a fenómenos como o abandono ou a superpopulação e de alternativas à institucionalização em alojamentos.
Este ano haverá um financiamento de 10 milhões de euros para investimentos em bem-estar dos animais de companhia: estão previstos sete milhões de euros para a construção e melhoria dos centros de recolha oficial e de alojamentos das associações zoófilas, cerca de 1,8 milhões para serviços veterinários a animais detidos por famílias carenciadas e associações.
Além desses investimentos, há 100 mil euros destinados ao apoio à sensibilização para os benefícios da esterilização e uma campanha de registo eletrónico de animais de companhia.
Dirigindo-se às entidades que trabalham dia a dia no bem-estar dos animais, o ministro salientou que “o Estado não quer substituir ninguém”, acrescentando: “Não vamos criar nenhuma instituição para fazer o vosso papel. Queremos, sim, reconhecer-vos como parceiros, queremos humildemente ser reconhecidos como vossos parceiros e suportar, financiar as vossas atividades que muito agradecemos”.
Por fim, Matos Fernandes reforçou a necessidade de acabar com “os atos cruéis contra os animais de companhia”, que não são só os que fazem companhia a alguém, mas também os que pertencem a matilhas.