O homem, o arquiteto, a sua ligação ao Santuário de Fátima, são facetas da vida e obra de João Antunes, leiriense de Marvila, localidade da Barreira, agora conhecidas na biografia lançada em Fátima, no passado dia 25 de setembro.
Um livro escrito a duas mãos, por António Borges da Cunha e Pedro Moniz, traça o percurso do responsável pelas obras do Santuário de Fátima nas décadas de 30 e 40 do século XX, após uma chamada do bispo D. José Alves Correia da Silva, em 1933. João Antunes era, então, técnico da Câmara Municipal de Lisboa, desde 1918.
“Nem todos os arquitetos têm, no seu currículo, a possibilidade de poderem dizer que, na obra construída, passaram miríades e miríades de pessoas. Entre os espaços mais frequentados no mundo da arquitetura está a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a obra mais emblemática da vida de João Antunes”, afirmou o director do Museu do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte, na apresentação da obra. A relação estreita que João Antunes estabeleceu com o Santuário de Fátima e com o bispo diocesano, D. José Alves Correia da Silva, faz parte do arquivo que a família doou ao santuário.
Nascido em 1897 e falecido em 1989, João Antunes tem entre os seus principais projetos “As três Graças”, o Teatro Ginásio (ambos em Lisboa), mas também as novas igrejas de Urqueira, concelho de Ourém, e de Monte Real, concelho de Leiria.