A coligação “Leiria pode Mais”, que junta CDS-PP e Partido da Terra (MPT) e tem em Fábio Seguro Joaquim o cabeça-de-lista à Câmara, promete a redução das taxas municipais no programa eleitoral, que elenca 171 compromissos.
“Procederemos a uma redução global das taxas cobradas pelo município”, lê-se no programa eleitoral, apresentado esta tarde no Mercado de Santana, em Leiria.
A candidatura garante que “não serão aumentadas quaisquer taxas ou impostos e que será feito um esforço de redução da carga fiscal, nomeadamente a taxa de participação municipal no IRS dos munícipes”.
O documento, cujos 171 compromissos se dividem por 18 áreas nas quais “Leiria pode Mais”, começa por apresentar as ações para a captação e manutenção de investimento, incluindo a criação de uma agência para este fim, um plano de reabilitação e expansão dos parques industriais ou a revisão de todos os regulamentos municipais “sob o princípio de burocracia zero”.
Na área do desemprego, destaca-se uma plataforma ‘online’ para facilitar o contacto entre empresários e desempregados, e a consulta, “de forma simples e rápida, das ofertas de emprego”, estando previsto, igualmente, um programa de promoção da empregabilidade juvenil.
Já no âmbito do turismo, a candidatura aponta a promoção do “Leiria 365”, calendário de eventos culturais com potencial turístico para todos os dias do ano, a dinamização do turismo de negócios ou a criação de uma rede de percursos e itinerários urbanos por todo o concelho, “com vertente desportiva, cultural e gastronómica”, sem esquecer a abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5, em Monte Real.
A criação de um programador cultural, na dependência do presidente da Câmara, e a transformação do centro histórico de Leiria num bairro de artes e cultura são algumas propostas no setor cultural, enquanto no apoio à família a coligação quer, entre outros objetivos, “tarifas e taxas [municipais] amigas da família” e bolsas sociais de creches.
Na ação social, a coligação pretende rever e elaborar “regulamentos específicos” que “tornem claro, transparente e percetível o apoio nesta área”, e, no apoio às gerações mais velhas, propõe, por exemplo, um projeto de identificação e monitorização de idosos isolados no concelho, para posterior acompanhamento, e uma oficina social. Este é “um serviço municipal gratuito de apoio a pessoas idosas ou mais fragilizadas do ponto de vista social, para a resolução de pequenos problemas das suas habitações”.
Considerando que “Leiria pode mais para uma melhor habitação e planeamento urbano”, a coligação garante a revisão do Plano Diretor Municipal e a promoção de “acordos com bancos, empresas e pessoas proprietárias de casas vazias, para oferta das mesmas no mercado de arredamento a preços acessíveis”.
O programa enviado à agência Lusa enumera ainda iniciativas do empreendedorismo ao comércio local, da saúde ao desporto ou à sustentabilidade, neste caso com a exigência ao Governo da construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas.
Saúde e educação são outras das áreas em destaque, sendo que nesta última a coligação defende um observatório da qualidade da educação, para construir um projeto territorial de promoção do sucesso educativo, sem esquecer o trabalho para que “a universidade politécnica de Leiria possa vir a ser uma realidade”.
A coligação CDS-PP/MPT expõe, igualmente, propostas nos campos da floresta e proteção civil, relacionamento com as freguesias e coletividades, e para transformar Leiria em cidade inteligente e amiga dos animais.
Além de Fábio Seguro Joaquim, advogado e presidente da concelhia do CDS-PP de Leira, são também candidatos à Câmara de Leiria nas eleições autárquicas marcadas para dia 26 o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS), Álvaro Madureira (PSD), Luís Paulo Fernandes (Chega), Marcos Ramos (Iniciativa Liberal), Pedro Machado (PAN), Luís Miguel Silva (BE), Sérgio Silva (CDU) e Filipe Honório (Livre).