Quem ainda não recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e não procedeu ao agendamento pode dirigir-se ao Centro de Vacinação Covid-19 (CVC), preferencialmente da sua área da residência, sem marcação prévia e sem necessidade de senha digital.
A modalidade “casa aberta” está disponível para qualquer utente a partir dos 12 anos de idade desde o passado dia 23 de agosto e estende-se a todos os centros de vacinação do país.
Na área do Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Litoral (ACeS PL), os CVC de Leiria, Marinha Grande e Pombal funcionam todos os dias da semana, entre as 9 e as 13 horas e entre as 14 e as 17 horas.
Na Batalha, o CVC abre portas às terças, sextas e sábados das 9 às 13 horas e das 14 às 16 horas, enquanto o de Porto de Mós às terças, quartas, sextas e sábados, das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas.
Segundo Dina Pascoal, enfermeira da equipa de coordenação do programa de vacinação do ACeS PL, “as pessoas podem dirigir-se a estes centros de vacinação sem hora marcada”, bastando munir-se do cartão do cidadão.
As pessoas que não possuem número de utente de Saúde devem efetuar um registo prévio no centro de saúde da sua área de residência.
A mesma responsável adianta ao REGIÃO DE LEIRIA que as pessoas que, por motivos de férias ou outros, não puderam levar a segunda dose da vacina na data programada podem também dirigir-se ao CVC sem marcação.
Recorde-se que a administração da segunda dose da Pfizer foi antecipada para 21 dias mantendo-se a da Moderna aos 28 dias embora possa ser administrada aos 25 dias. Nestes dois casos, a segunda dose pode ser dada após esse prazo.
84%
Dos 253.305 utentes inscritos nas unidades do ACeS PL, 212.776, com idades entre os 12 e os 100 anos, já receberam a primeira dose de vacina, o que representa uma taxa de cobertura de 84%
O acesso à segunda dose da vacina passou também a ser facilitado, não tendo que ser obrigatoriamente aplicada no CVC onde o utente recebe a primeira. Basta ao utente indicar nesse momento que pretende receber a segunda dose noutro local.
Em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA, Dina Pascoal alerta ainda para o encerramento dos CVC no final do mês de setembro, data em que as vacinas deverão passar a ser dadas nos centros de saúde em moldes que ainda estão a ser definidos.
Recuperados podem ser vacinados após 90 dias
O prazo de vacinação para utentes recuperados foi também antecipado. Desde ontem, 1 de setembro, as pessoas que testaram positivo podem ser vacinados após 90 dias da notificação do caso.
Segundo comunicado da “task force” para a vacinação, estes utentes podem também deslocar-se a qualquer centro de vacinação à sua escolha, recorrendo à modalidade “casa aberta”.
Segundo a “task force”, esta possibilidade resulta de uma decisão da Direção-Geral da Saúde que “será vertida numa alteração à norma 002/2021 a divulgar oportunamente”.
Até agora, a norma em causa previa que os recuperados da Covid-19 há pelo menos seis meses podiam ser vacinados com uma dose de vacina, exceto nos casos de pessoas com imunossupressão. Para estas situações, está prevista a vacinação completa.
Dose adicional recomendada para pessoas imunossuprimidas com mais de 16 anos
Entretanto, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou esta quarta-feira uma dose adicional da vacina contra a Covid-19 para pessoas imunossuprimidas com mais de 16 anos. Medida que deverá abranger menos de 100 mil utentes nos centros de saúde.
“Fizemos hoje a atualização da norma, incluindo uma dose adicional – uma nova oportunidade de vacinação – para pessoas com imunossupressão e mais de 16 anos e essa administração da dose é feita sob orientação e prescrição do médico assistente”, adiantou à Lusa a diretora-geral da Saúde.
De acordo com Graça Freitas, os médicos assistentes já podem fazer esta prescrição, “como já fazem para outras patologias e como já fizeram no passado e as pessoas serão vacinadas” nos centros de saúde.
Segundo disse, os “centros de saúde terão capacidade de as vacinar”, uma vez que este processo “será exatamente como já aconteceu nas outras fases” com a vacinação das pessoas com insuficiência cardíaca, respiratória e renal e doentes graves que foram considerados prioritários.
“Serão certamente menos de 100 mil pessoas” que estarão em condições de receber esta dose adicional das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna, adiantou ainda a diretora-geral da Saúde.
“Isto não é um reforço. É uma dose adicional de vacina, porque pode ter acontecido que, na altura em que estas pessoas foram vacinadas, não estivessem com o seu sistema imunitário com capacidade de reagir à vacina”, explicou.
Segundo adiantou, a atualização da norma prevê também a administração da dose adicional com um intervalo mínimo de três meses após a última dose do esquema vacinal anteriormente realizado.
“As pessoas que levaram a última dose da vacina há três meses podem ser vacinadas, as pessoas que levaram a última dose da vacina há dois meses ou mais próximo terão de aguardar”, adiantou Graça Freitas.
De acordo com a norma publicada esta quarta-feira, as pessoas elegíveis são as que poderão ter sido vacinadas durante um período de imunossupressão grave, nomeadamente as que realizaram transplantes de órgãos sólidos, pessoas com infeção VIH com contagem de linfócitos T-CD4+ <200/µL, doentes oncológicos e pessoas com algumas doenças autoimunes que tenham efetuado tratamentos.
“A recomendação está alinhada com a evidência científica mais recente e poderá ser ajustada em função da evolução do conhecimento”, adianta ainda a norma.
Mais de 7,5 milhões de pessoas com vacinação completa em Portugal
Mais de 7,5 milhões de portugueses já têm a vacinação completa contra a Covid-19 e cerca de 8,6 milhões já receberam pelo menos uma dose da vacina.
Segundo o relatório semanal da DGS sobre a vacinação que arrancou a 27 de dezembro de 2020, 73% da população portuguesa já concluíram o seu processo vacinal contra o vírus SARS-CoV-2 e 83% já foram inoculados com a primeira dose.
Por faixas etárias, o maior crescimento em relação à semana anterior registou-se nos jovens entre os 12 e os 17 anos, estando agora vacinados com pelo menos uma dose 461.578 (74%), percentagem que baixa para os 7% no que se refere à vacinação completa.
Em relação ao grupo entre os 18 e 24 anos, 643.324 (82%) também já iniciaram a sua vacinação e 393.499 (50%) já a completaram, indica o relatório.
Segundo os dados da DGS, a quase totalidade dos idosos com 65 ou mais anos – 99%, mais de 2,3 milhões – tem a vacinação completa, assim como 96% das pessoas entre os 50 e 64 anos (2.079.384).
Desde o início da vacinação, o país recebeu um total de 17.488.090 vacinas contra a Covid-19, tendo sido distribuídas pelos centros de vacinação 15.136.630 doses.
Com Lusa
(Notícia atualizada com os horários do diversos centros de vacinação do ACES PL)