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Cultura

Festival “Era uma vez no Oeste” quer criar uma nova história em Alcobaça

Tertúlias, teatro, música e workshops marcam a estreia do festival de artes performativas criado pela companhia A Corda.

“Sobre o Cristal Transparente” é uma das peças que inaugura o festival criado pela companhia A Corda Foto: Pat Blazquez

O festival de artes performativas “Era uma vez no Oeste” prepara-se para apresentar em Alcobaça um variado leque de espetáculos ecléticos, desde “concertos de jazz a música completamente erudita”, adianta Ruben Saints, diretor artístico da companhia A Corda.

Tertúlias, peças de teatro, música, oficinas, wokshops, muita poesia e surpresas prometem animar o concelho de Alcobaça entre os dias 2 e 12 de setembro.

Criado com o apoio do município de Alcobaça e da Direção-Geral das Artes, entre outros parceiros, “Era uma vez no Oeste” pretende “descentralizar a cultura”, levando a arte a locais onde “as pessoas não costumam ir ao teatro”, explica.

À semelhança do que acontece em “qualquer boa narrativa”, que começa por “era uma vez”, o festival, realça, pretende construir uma nova história: “a [nossa] história performativa e ponto de vista do que é a arte no Oeste”.

Com espetáculos marcados de quinta-feira a domingo, durante duas semanas, e com horários de manhã, à tarde e à noite, a iniciativa ambiciona também criar novos hábitos de consumo de teatro, apostando na educação artística.

A programação arranca amanhã, dia 2, com a tertúlia “Florbela/ Virgínia” por A Corda Teatro, às 18 horas, no Anfiteatro do Jardim da Praça João de Deus, em Alcobaça.

Neste espetáculo, dá-se o encontro entre duas poetas portuguesas do início do século XX – Virgínia Victorino e Florbela Espanca. Duas personalidades que “partilham vontades” e o facto de serem “mulheres que vingaram num mundo extremamente patriarcal”, salienta.

Segue-se no mesmo local pelas 20 horas, a peça de teatro “Sobre o Cristal Transparente”, uma produção também d´A Corda.

Na sexta-feira, dia 3, há “Cantares populares”, momento musical protagonizado pelo grupo Os Farra no adro da Igreja da Boavista, em Alcobaça, às 18 horas. Mais tarde, às 20 horas, a companhia A Corda apresenta “Quadragintia dies Silentio” na Associação Recreativa da Boavista. Este espetáculo decorre ao longo de mais dois dias: no sábado, dia 4, na Igreja São Vicente, em Aljubarrota, e domingo, no Jardim Amor. Todas as sessões têm início às 20 horas.

Além da companhia A Corda, são vários os coletivos e organismos da zona Oeste e de outros pontos do país que marcam presença nesta edição. Destaque para a companhia S.A. Marionetas que leva “Alfredo, o colecionador de borboletas” ao Cine-Teatro de Alcobaça, no dia 5 às 16 horas, realizando no mesmo local uma oficina de marionetas a 9 de setembro.

O grupo de teatro O Nariz, de Leiria, integra também a programação com “Contos ao Pôr do Sol” no dia 10, no Anfiteatro do Jardim da Praça João de Deus.

O evento encerra a 12 de setembro com a atuação de The Postcard Brass Band no Anfiteatro do Jardim da Praça João de Deus, às 20 horas.

Todos os espetáculos têm entrada gratuita, incluindo os workshops, e carecem de inscrição através de a.cordateatro@gmail.com.

É ainda possível acompanhar algumas performances em direto no canal de Youtube de A Corda.

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