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Cultura

Há festa no jardim da Casa-Museu João Soares

Há um novo fôlego no projeto cultural das Cortes e também “Há poesia na rua” este sábado, 25 de setembro. Em nome da liberdade e democracia, serve-se teatro, música, cinema, workshops, filme e poesia.

Envolvendo a comunidade das Cortes, o Leirena criou nos jardins da instituição uma peça de teatro original Foto: Casa-Museu João Soares

A “tempestade” surgiu após a morte do fundador e adensou-se com a pandemia que nos abalou. Mas, passada a tormenta e arrumada a casa na Fundação Mário Soares (agora também Maria Barroso), há um horizonte de “bonança” para a Casa-Museu João Soares (CMJS).

“Apesar do período mais difícil, sobretudo após a morte do dr. Mário Soares, a Fundação iniciou um processo de reflexão estratégica”, explica o diretor executivo, Filipe Guimarães da Silva. Para a CMJS isso significa “continuar presente na comunidade” e que “a identidade e a missão não se alterarão”. Pelo contrário: a atividade regular com os mais novos e idosos nunca parou, mas nas Cortes há um novo fôlego que se reflete já este sábado, 25 de setembro, com o festival “A poesia está na rua”: uma festa que cresceu a partir de uma peça de teatro comunitário “fermentada” nos jardins da CMJS, à qual se associam entidades e atividades.

Ao longo do dia há teatro – é estreada a residência artística do Leirena com dez habitantes locais -, workshops, música, cinema e, claro, poesia, mote maior deste que é um festival dedicado à liberdade e à democracia. O programa resulta da parcerias com o Leirena, filarmónica das Cortes, Espaço Serra, da Reixida, Rede Cultura 2027 e União de Freguesias.

“Será um espaço de encontro e o jardim da CMJS – desenhado por Gonçalo Ribeiro Telles – tem de ser sobretudo isso”, sublinha Filipe Guimarães da Silva. Pela cultura, pela arte, “e até pelo desporto, se quisermos”, quer-se suscitar a reflexão sobre “de que forma, hoje, as questões da democracia e da liberdade devem influenciar e inspirar a nossa vida e como podemos contribuir para o seu rejuvenescimento”.

Na passagem dos 25 anos da CMJS, a expectativa é, a partir do festival, abrir cada vez mais o jardim. “Queremos trazer mais pessoas, das Cortes, de Leiria e até de fora, e garantir que o espaço é apropriado para elas”. E o diretor executivo deixa o convite já para este sábado:

“Gostaríamos de convidar as pessoas a trazerem as suas mantas e fazerem um piquenique na Casa-Museu, para estarem em família no jardim, a fruírem daquele espaço”.

A participação no festival carece de inscrição, que pode ser feita neste formulário.


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