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NERLEI defende descida de imposto sobre os rendimentos das empresas

Alerta também para o continuado agravamento do custo e escassez das matérias-primas

A Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei) quer que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) contemple a descida do IRC (Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas) para compensar o aumento do custo com as matérias-primas e a energia.

Numa nota de imprensa divulgada esta segunda-feira, dia 27, a Nerlei alerta o Governo, “agora que estão reunidas as condições sanitárias para que a atividade empresarial regresse ao seu normal”, para a necessidade de serem acauteladas as condições, no sentido de que “as empresas portuguesas consigam ultrapassar os diversos constrangimentos que a economia mundial atravessa”.

“A Nerlei alerta, sobretudo, para o continuado agravamento do custo e escassez das matérias-primas, bem como para os aumentos dos custos de energia”, destaca a organização, sugerindo, de forma a “garantir que as empresas portuguesas conseguem continuar a cumprir o seu papel de criadores de riqueza e emprego”, que seja contemplada no OE2022 “uma descida no IRC, que possa mitigar aqueles aumentos de custos para as empresas”.

A associação liderada por António Poças refere estar consciente de que, “sobretudo a questão do custo e escassez das matérias-primas, é um problema mundial, que carece de políticas mais globais, ou, pelo menos, a nível europeu, e de médio e longo prazos para que se possa resolver”.

“(..) Contudo, também por esse motivo, considera que, no curto prazo, o Governo português deve garantir condições de competitividade às suas empresas de forma que não se coloque em causa a retoma económica desejada e necessária”, defende.

A Nerlei, que conta com cerca de 1.200 associados, nota ainda que já vem há algum tempo a sensibilizar e a alertar para o custo e a escassez das matérias-primas.

Em julho, a associação sediada em Leiria já tinha avisado as empresas para o aumento dos custos da energia elétrica, considerando que a competitividade empresarial pode estar em risco.

Então, face aos “grandes aumentos de eletricidade”, aconselhou-as “a procurarem soluções de renegociação dos contratos, que permitam minimizar este impacto na sua atividade”.

“Com grande preocupação, a Nerlei constata que apesar da ‘dita’ liberalização do setor ter sido feita com a ‘promessa’ de vir baixar os custos da energia elétrica, tal não se tem verificado, pelo contrário”, lê-se num comunicado.

Segundo a associação, “os aumentos que se têm registado provocam uma forte instabilidade na atividade empresarial, nomeadamente dos médios consumidores de energia, que têm grande importância na criação e manutenção de emprego”.

À data, a Nerlei considerou ainda que “o Governo deve avaliar a sua política energética e tomar medidas que garantam preços mais aceitáveis e estáveis para os consumidores nacionais, sobretudo para os empresariais, sob pena de, à partida”, ser colocada “em causa a desejada recuperação económica”.

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