A subida “muito significativa, no último ano, dos custos com matérias-primas coloca seriamente em causa a competitividade do tecido empresarial”, afirma a Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO).
A associação destaca, em comunicado, “o aumento dos preços de energia, em janeiro com um custo médio de 42.51€/MWH, para um valor médio em setembro de 174.68€/MWH”, adiantando que “o mercado de futuros prevê aumentos até aos 300€/MWH nos próximos meses”.
“Esta situação é catastrófica para o tecido empresarial da região, fortemente dependente da energia elétrica, seja a indústria transformadora, seja o sector primário, pela necessidade de câmaras de frio para os produtos frutícolas e hortícolas, bem como câmaras de congelação para o sector do peixe. Além destes sectores, também a restauração, hotelaria, comércio e serviços serão fortemente afetados”, explica a AIRO no comunicado, divulgado esta segunda-feira, dia 27.
Há empresas associadas da AIRO tem tido os seus contratos de eletricidade revogados, “sendo obrigadas a novos valores com aumentos superiores a 50% face aos contratos anteriores”, que “não são compatíveis com a competitividade do tecido empresarial da região, nem as empresas têm vendas e mercados que lhes permitam este aumento que poderá, até final de 2021, ser superior a seis vezes o valor no início ao ano”.
“Este aumento de custos energéticos levará inerentemente à subida de preços de produtos de essenciais aos portugueses, provocando um aumento significativo da inflação que não é compatível com o poder de compra atual das famílias”, alerta a AIRO.
O nosso país “será ainda afetado na sua competitividade internacional, tendo no momento dos custos energéticos mais elevados na Europa, ficando com um acréscimo de dificuldades na sua internacionalização e competitividade em mercados externos”, conclui.