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Projeto de neutralidade carbónica dá prémio à Base Aérea de Monte Real

Em dias de atividade normal, cerca de 60% de energia elétrica consumida na unidade é proveniente de fontes energéticas livres de emissões.

imagem de vários aviões f16 na base aérea de monte real

A Base Aérea n.º 5 de Monte Real, em Leiria, recebeu ontem o 27.º Prémio Defesa Nacional e Ambiente, pela candidatura “A Base para a Neutralidade Carbónica”, que já garantiu a redução de gases com efeitos de estufa.

O comandante da BA5, João Vicente, adiantou que a instalação do parque com 550 painéis fotovoltaicos, numa área de três mil metros quadrados, com uma potência instalada de 200 quilowatts, inaugurada a 4 de agosto de 2020, e a instalação de cinco postos de carregamento de viaturas elétricas e oito postos de carregamento para motos elétricas, reduziu “cerca de 200 toneladas de gases com efeitos de estufa”.

Foi registada ainda “uma poupança de mais de 50 mil euros em custos com a energia, estimando-se a amortização do investimento nos próximos seis anos”.

Além disso, “em dias de atividade normal, cerca de 60% de energia elétrica consumida na unidade é proveniente de fontes energéticas livres de emissões”.

“A candidatura reflete uma estratégia completa ambiental, que inclui medidas multidomínio com particular enfoque nas energias renováveis, uma maior eficiência energética na gestão de resíduos e na gestão responsável da área florestal da unidade, enquanto instrumento de sequestro de carbono”, destacou o comandante.

Segundo João Vicente, “foram efetuadas obras de beneficiação de diversos edifícios da unidade” e verificou-se uma “mudança sustentada da iluminação para lâmpadas LED”. Foram “implementadas medidas de gestão eficiente de recursos naturais, através do combate ao desperdício de água, na deteção de fugas na rede ou do reaproveitamento de águas residuais e pluviais”.

O projeto prevê ainda a “reutilização de recipientes de plástico e metal, a aquisição de seis mil panos recicláveis utilizados nas áreas de manutenção, a valorização de mais de 60% dos resíduos produzidos anualmente ou a aplicação das técnicas ‘Lean’ nos principais processos associados à manutenção das aeronaves permitindo reduzir custos, através do aumento da eficiência de recursos humanos e materiais bem como da diminuição de desperdícios”.

Para João Vicente, “o aumento de sequestro de carbono implica uma gestão criteriosa ao nível da floresta, tratando-se de um domínio fundamental para o alcance da neutralidade carbónica”.

Reconhecendo que ainda há muito a fazer, foi elaborado um plano estratégico de sustentabilidade ambiental, no qual estão refletidas as principais linhas que conduzem ao cumprimento cabal da missão de forma cada vez mais livre de carbono.

“A BA5 é há muito um exemplo de boas práticas ambientais. O facto de ser a primeira unidade da Defesa na União Europeia a possuir a certificação da Ecomanagement and Audit Scheme (EMAS) é algo que nos deve orgulhar”, destacou o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Já o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, salientou a “estratégia” definida pela BA5 e “um pensamento para ser neutro” em carbono.

“A descarbonização não se faz só a partir do poder político, nem sequer do poder público. Uma boa forma de combater a crise energética é mesmo combater a crise climática”, salientou o governante.

Foi ainda atribuída uma menção honrosa à candidatura apresentada pelo Estabelecimento Prisional Militar, do Exército “Uma Unidade pequena, gestos simples, grandes resultados” pela abrangência e qualidade das boas práticas ambientais adotadas.

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