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Batalha

Projeto inclusivo “Uma casa para todos” vence Orçamento Participativo da Batalha

Consiste na criação de um espaço com “condições para o desenvolvimento integral dos alunos com medidas adicionais”

O projeto inclusivo “Uma casa para todos”, do Departamento de Educação Especial do Agrupamento de Escolas da Batalha, venceu a edição de 2020 do Orçamento Participativo da Batalha, anunciou esta sexta-feira, dia 8, a Câmara Municipal.

Numa nota de imprensa, a autarquia explica que este projeto consiste na criação de um espaço integrado em contexto escolar com “condições físicas e materiais essenciais para o desenvolvimento integral dos alunos com medidas adicionais”.

Este espaço, dotado de recursos que permitem aos alunos aprender em contexto real, vai possibilitar o desenvolvimento de “práticas que envolvem o cozinhar, arrumar, organizar, limpar, fazer toda a gestão doméstica e o planeamento financeiro, para além de promover as relações interpessoais e o trabalho colaborativo”, refere a nota.

O projeto, denominado “Casa VITRAL [Vontades, Inovação, Trabalho, Responsabilidade, Aprendizagens e Lideranças]”, alcançou 241 votos, adianta o município, esclarecendo que tem “um valor máximo atribuído de 30 mil euros”.

A coordenadora do Departamento de Educação Especial do Agrupamento de Escolas, Cidália Silva, afirmou que “a Casa VITRAL é uma casa de tipologia T2 que vai ser instalada no recinto da escola-sede”, na Batalha.

“Trata-se de uma casa modular que já vem equipada. O objetivo é que os alunos com currículo desenhado à medida das suas necessidades e capacidades a possam utilizar, capacitando-os ao máximo na sua autonomia pessoal e social”, disse Cidália Silva.

Segundo a professora de Educação Especial, pretende-se com o espaço que os alunos “aprendam a pôr uma mesa ou a fazer uma cama e, dessa forma, possam participar ativamente nas tarefas da família ou quando inseridos do ponto de vista laboral na sociedade”.

“A mais-valia para os alunos é que podemos trabalhar em contexto real competências ao nível dessa autonomia tão desejada, para potenciar a sua inclusão, preparando-os e tornando-os mais proativos”, declarou.

Cidália Silva referiu que a casa, com sala, quarto ou cozinha, apresenta o contexto real, onde os alunos vão desenvolver competências.

Destacando que se está a falar de uma escola inclusiva, a coordenadora realçou a “mais-valia para estes alunos que, embora integrados no ensino regular, têm necessidades especificas”, frisando que esta é uma “resposta muito direcionada para o momento presente dos alunos, mas a olhar para o seu futuro”.

Por outro lado, “a escola e outros alunos podem ganhar” com a Casa VITRAL, sustentou a responsável do Departamento de Educação Especial.

“A escola tem o curso técnico profissional de Turismo e os alunos deste curso, por exemplo, podem utilizar a casa para aprenderem como se recebe alguém, como se arruma um quarto”, acrescentou.

O Agrupamento de Escolas da Batalha tem 1.890 alunos, do pré-escolar ao ensino secundário, distribuídos por 12 estabelecimentos de ensino.

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