A historiadora de arte Dóris Simões dos Santos vai ser a nova diretora do Museu Nacional do Traje, em Lisboa, na sequência de um concurso público internacional.
Natural do Bombarral, a especialista em museologia e património artístico, de 46 anos, coordenadora do Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, irá entrar em funções a 1 de janeiro de 2022, em substituição do atual diretor, José Carlos Alvarez, informou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
Desde fevereiro deste ano que a DGPC tem vindo a anunciar, em várias fases, o resultado dos concursos públicos internacionais, abertos em 2020, para o preenchimento de cargos de direção nos museus, monumentos e palácios nacionais.
Dóris Santos é doutorada em História da Arte, com especialização em museologia e património artístico, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) em 2020, e concluiu o mestrado em museologia e património, também pela FCSH-UNL, em 2006.
Investigadora do Instituto de História da Arte da FCSH-UNL, é licenciada em História, variante História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1997, e foi docente de História entre 1998 e 1999.
Foi técnica superior no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e é coordenadora do Museu Dr. Joaquim Manso desde 2009.
Em julho último, a DGPC tinha anunciado os novos diretores dos museus nacionais do Azulejo, dos Coches, de Etnologia, do Teatro e da Dança, e Resistência e Liberdade, que entraram em funções a 1 de agosto.
Antes, em fevereiro deste ano, tinham sido anunciadas as novas direções do Museu de Arqueologia, Mosteiro dos Jerónimos, Palácio da Ajuda, o Panteão Nacional, todos em Lisboa, o Museu Grão Vasco, em Viseu, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.
Ontem, segunda-feira, foi igualmente anunciado o novo diretor do Palácio Nacional de Mafra, o historiador Sérgio Gorjão, que também iniciará funções no próximo dia 1 de janeiro.
Estão ainda a decorrer concursos para as direções do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e do Museu Nacional da Música, em Lisboa, e ainda para o Mosteiro de Alcobaça.
A realização de concursos para as direções dos equipamentos culturais da DGPC – pela primeira vez com dimensão internacional – enquadra-se no novo regime jurídico de autonomia de gestão, e tem estado a decorrer em três fases.
Em setembro de 2020, a DGPC tinha indicado à Lusa que os concursos, lançados em maio e junho desse ano, receberam um total de 146 candidaturas, entre as quais 32 de cidadãos estrangeiros, a maior parte de Espanha e Brasil.
Este organismo do Ministério da Cultura publicou em maio e junho do ano passado os avisos de abertura de concursos para a direção de museus, palácios e monumentos tutelados, ambos publicitados em Diário da República e na imprensa nacional e internacional.
Depois da fase de receção de candidaturas, seguiram-se a seleção legalmente definidas para este tipo de procedimento concursal, nomeadamente a avaliação dos candidatos por júris.
Quando o novo regime jurídico de autonomia de gestão dos museus entrou em vigor, em junho de 2019, mais de metade dos diretores dos museus e monumentos da DGPC ficaram em regime de substituição, a aguardar concurso.
No quadro do novo regime, os diretores passam a ser recrutados através de concursos públicos, entre candidatos com vínculo ou sem vínculo à administração pública, em Portugal ou no estrangeiro, para comissões de serviço de três anos, com a limitação máxima de dez anos.