Sábado, 20 de novembro, é o dia escolhido para ser devolvido à liberdade o grifo resgatado, no final de setembro, em Casal Velho, no concelho de Pombal.
O animal tem estado aos cuidados do Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS), da Quercus, depois de ter sido recolhido pelo grupo local Amigos do Arunca.
Emanuel Rocha, membro do grupo, foi alertado, a 24 de setembro, para a presença do animal, apático, pousado no muro de uma casa da localidade em Pombal. No mesmo dia, mobilizou meios para proceder ao resgate daquela que é a segunda maior ave necrófaga da Europa, tendo sido depois encaminhada para o centro de recuperação.
Já em outubro, no dia 14, o grupo lançou uma campanha de recolha de donativos, online, para fazer face às despesas associadas à reabilitação do animal. A meta de 500 euros foi esta semana ultrapassada.
“A campanha terminou ontem [quinta-feira] e com alegria comunicamos que foi totalmente financiada, ultrapassando o valor proposto”, anunciou o grupo Amigos do Arunca.
“Marcamos o dia da cidade de Pombal [11 de novembro] como dia último da campanha de forma simbólica para com o nosso rio Arunca e festejámos assim a recuperação da ave resgatada no nosso concelho, com a preciosa ajuda do CERAS”, acrescenta.
Numa nota enviada às redações, adianta ainda que o grifo (Gyps fulvus) será libertado a 20 de novembro, pelas 11 horas, no miradouro das Portas de Rodão, em Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco.
Durante estes quase dois meses, a ave esteve no Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens (CERAS), um projecto gerido pelo núcleo regional de Castelo Branco da Quercus, com o apoio da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESA) e de outros mecenas particulares, que tem como principal objectivo recuperar animais selvagens debilitados e devolvê-los ao meio natural.