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Mercado

Moldes pedem ajuda da “mão invisível do Estado” para ultrapassar momento difícil

“Neste período desafiante e de grande incerteza, torna-se vital a criação de condições para apoiar as nossas empresas”, adianta João Faustino

João Faustino, presidente da Cefamol

O presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol) considera que “nunca como hoje foi tão importante a mão invisível do Estado”, no sentido de criar condições para o sector ultrapassar o momento difícil e complexo que está a atravessar.

“Neste período desafiante e de grande incerteza, torna-se vital a criação de condições para apoiar as nossas empresas na abertura de mercados pela via da diplomacia económica e pelo desenvolvimento de instrumentos de liquidez de curto prazo”, adiantou João Faustino esta segunda-feira, dia 22, na sessão de abertura da Semana de Moldes 2021, que decorre na Marinha Grande.

Aquelas condições “são fundamentais para se evitar a perda do conhecimento gerado, dos investimentos de fronteira tecnológica concretizados nos últimos anos e alavancar, assim, o suporte ao reposicionamento competitivo das empresas no mercado global”, adiantou.

Na perspetiva do presidente da Cefamol, será “também necessário criar condições para facilitar o investimento contínuo e suportar as necessidades financeiras e de capitalização das empresas, que aumentaram com a pandemia”.

O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, referiu na sua intervenção que, do “lado da ação do Governo, tudo” será feito “para ajudar a ultrapassar esta fase conjuntural mais complexa”.

“Desejamos reforçar num próximo futuro o trabalho que temos vindo a realizar com as estruturas associativas para garantir instrumentos que permitam às empresas atravessar este vale difícil e possam projetar-se à volta das mudanças que são necessárias fazer”, referiu.

Segundo João Neves, “os instrumentos à disposição, quer no PRR, quer no Portugal 2030, que está na fase final de preparação, dão muita atenção à alteração das estruturas produtivas”.

O secretário de Estado espera que os “mecanismos de recuperação do pós pandemia garantam não apenas a preservação das capacidades, mas também que possam ser acrescentadas num futuro próximo”.

Quanto à Semana de Moldes, desejou que as conclusões sobre o “processo de adaptação estrutural da indústria possam encontrar caminhos que lhes permitam articular-se com os instrumentos da política pública, de modo a concretizar a estratégia para o seu futuro”.

O presidente do Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (Centimfe), Nuno Silva, defendeu que a iniciativa, “perante os dias desafiantes, é uma excelente oportunidade para realinhar, aprender e reforçar a cooperação do sector”. “Nos momentos críticos temos de reforçar o nosso trabalho em conjunto, a nossa cooperação, abrindo novos caminhos e aproveitando as novas oportunidades”, destacou.

A Semana de Moldes está a decorrer no Centro Empresarial da Marinha Grande até sexta-feira, dia 26, com a realização de workshops, apresentações de projetos de ID&T, seminários técnicos, entre outras atividades, contando com oradores nacionais e internacionais. É uma coorganização do Centimfe, Cefamol e Pool-Net, este ano é realizada em formato misto, envolvendo sessões online e algumas presenciais.

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