O cardeal António Marto defendeu esta segunda-feira, dia 13, que “é urgente promover a fraternidade e a amizade social como caminhos para sair da crise atual” provocada pela pandemia de Covid-19.
Na sua mensagem de Natal, o bispo de Leiria-Fátima, considerou que “a pandemia aumentou muito as pobrezas e desigualdades sociais”, pelo que “a necessidade de ajuda alimentar e a urgência de apoio face às graves perdas sofridas” desafiam a que os cristãos não fiquem “fechados no egoísmo e na indiferença”.
“Ninguém pode salvar-se sozinho. A todos é pedida a coragem de sair das lógicas dos interesses próprios, do mercado e do lucro a todo o custo, para nos abrirmos a uma solidariedade mais vasta”, escreveu o cardeal Marto, exortando cada um a “praticar a solidariedade para ajudar quem se encontra em dificuldade e vive o peso da solidão ou a redução dramática das possibilidades de uma vida saudável, digna e ativa”.
O bispo de Leiria-Fátima lembrou, também, que “o espírito consumista” atrai e distrai “com a tentação de buscar a alegria na exterioridade das compras, das prendas, dos adornos das ruas e da diversão”, alertando, no entanto, que “o Natal cristão não pode ser reduzido a uma festa social”.
O prelado aproveitou a sua mensagem de Natal para apelar aos católicos da diocese a aposta no caminho de “cuidar uns dos outros, levar carinho, calor e consolo a tantas solidões dos que sofrem (…), refazer a qualidade das relações pessoais afetadas pelos confinamentos e restrições sanitárias bem como o sentido de pertença à comunidade”.
E neste ponto, defendeu que “entra a responsabilidade da vacinação, como diz o Papa Francisco: ‘Vacinar-se é um modo simples, mas profundo, de promover o bem comum e de cuidar uns dos outros, especialmente dos mais vulneráveis’”.