Foram 1.024 os acidentes com vítimas ocorridos no distrito de Leiria nos primeiros nove meses do ano, o que correspondeu a um aumento de 10,9% (mais 101 acidentes) face a período homólogo.
Este aumento, equivalente ao registado em Beja e apenas ultrapassado pelo de Bragança (mais 17,7%), coloca Leiria em segundo lugar no que toca à evolução da sinistralidade rodoviária entre janeiro e setembro de 2021. Posição que também ocupa quando comparados os dados relativos aos feridos graves.
Segundo o relatório da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) divulgado na passada semana, resultaram daqueles acidentes 89 feridos graves (mais 27 do que em 2020), o que representou um aumento de 43,5%. Apenas em Viana do Castelo, foi reportado um aumento superior: 46,3%.
Leiria ficou ainda em terceiro lugar no que toca aos feridos leves, tendo contabilizado 1.170 sinistrados nesses nove meses (mais 97 do que em 2020, equivalentes a mais 9%).
Acompanhando a tendência nacional, Leiria registou este ano um menor número de óbitos nas estradas face a 2020 (16 contra 22), mas era até setembro o oitavo distrito com mais vítimas mortais contabilizadas depois de Lisboa (44), Porto (31), Setúbal (30), Braga (30), Aveiro (21), Faro (21) e Santarém (17).
Entretanto, nos últimos dois meses, o distrito somou pelo menos sete óbitos em acidentes de viação ocorridos em Alcobaça (dois), Leiria (dois), e Batalha, Bombarral e Peniche (um cada), tendo dois deles envolvido tratores.
No domingo passado, faleceu ainda o presidente da direção do Recreio Pedroguense, na sequência de um acidente ocorrido na véspera no IC8, onde ficou gravemente ferido. Este óbito poderá contudo no constar do relatório relativo ao mês de novembro pelo facto de o óbito não ter sido declarado no local ou a caminho do hospital.
284 vítimas mortais nas estradas portugueses entre janeiro e setembro
O relatório da ANSR relativo aos primeiros nove meses de 2021 indica um total de 20.476 acidentes com vítimas em Portugal continental, dos quais resultaram 284 vítimas mortais, 1.491 feridos graves e 23.938 feridos leves.
Comparativamente com o período homólogo de 2020, houve uma redução no número de vítimas mortais (menos 18) e um aumento nos feridos graves (mais 120) e leves (mais 1.109). Os acidentes com vítimas aumentaram 4,5%, correspondendo a mais 878.
A colisão foi o tipo de acidente mais frequente (53,3%), apesar de ter estado apenas na origem de 39,8% das vítimas mortais. Os despistes, que representaram 35,2% do total de acidentes, corresponderam a 48,2% das vítimas mortais e a 42,3% dos feridos graves.
Segundo o relatório da ANSR, nos arruamentos (64,0% dos acidentes) as vítimas mortais diminuíram 7,6% e os feridos graves aumentaram 12,2%. Já nas estradas nacionais, onde ocorreram 18,5% dos acidentes, as vítimas mortais diminuíram 2,1% e os feridos graves subiram 5,5%.
Mais de 71% das vítimas mortais eram condutores.
Os automóveis ligeiros estiveram envolvidos em 70,6% dos acidentes nas estradas portuguesas, segundo a ANSR, que registou uma subida de 19,7% de acidentes envolvendo velocípedes e de 5,8% envolvendo veículos pesados.
Com Lusa