O laboratório luso-chinês dedicado ao desenvolvimento de tecnologia, incluindo microssatélites, para vigiar a saúde dos oceanos, cujo polo nacional está localizado em Caldas da Rainha, passou a fazer parte da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota, anunciou esta quinta-feira, dia 9, o Ministério da Ciência e Tecnologia da China.
O Laboratório Conjunto Sino-Português de Tecnologia Espacial e Marítima (STARLab) é um projeto conjunto da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal e da Academia para a Inovação em Microssatélites da Academia Chinesa de Ciências (IAMCAS).
Segundo o Xinmin Evening News, Zhang Yonghe, diretor da IAMCAS, o laboratório está a estudar as mudanças climáticas, as correntes no oceano profundo e a saúde dos ecossistemas marinhos.
O objetivo do STARLab é criar tecnologia que permita monitorizar e proteger os oceanos, e também promover o desenvolvimento sustentável da economia marítima, acrescentou o académico.
O polo do STARLab em Portugal foi lançado nas Caldas da Rainha em julho de 2019, numa parceria público-privada que do lado português inclui a empresa aeroespacial Tekever e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (Matosinhos).
O projeto previa o lançamento para o espaço do microssatélite português “Infante”, para recolher dados marítimos e da superfície terrestre, até ao final de 2021. Em abril de 2021, fonte da Tekever disse que o “Infante” deveria ficar pronto em outubro, mas que deixou de ter data para ser enviado para o espaço.