O Município de Leiria apresentou esta segunda-feira, dia 13, o projeto piloto que irá lançar na freguesia de Regueira de Pontes de recolha de lixo seletivo porta a porta, estimando a distribuição de 1.000 baldes por cada habitação.
O projeto ‘RecicLAR’, que deverá arrancar no início de janeiro, destina-se à recolha de resíduos urbanos de embalagens de papel e cartão, de plástico e metal, de vidro, biorresíduos e indiferenciado.
Para tal, serão distribuídos cinco míni contentores de cores diferentes, que as famílias deverão colocar à porta de sua casa para os resíduos serem recolhidos em dias específicos, explicou o vereador Luís Lopes.
Segundo o autarca socialista, o projeto arranca na freguesia de Regueira de Pontes, por ser “maioritariamente composta por moradias unifamiliares” e por ser “menos populosa”, o que “para projeto piloto é mais fácil de testar a recolha porta a porta”.
A primeira fase do projeto inicia-se esta quarta-feira com ações de informação, sensibilização e distribuição dos baldes para a reciclagem junto de cada um dos cerca de 1.000 fogos habitacionais. Em janeiro terá lugar a recolha porta a porta.
Para garantir uma melhor eficácia na qualidade do aproveitamento dos resíduos, o vereador explicou que os lixos serão colocados diretamente nos baldes, sem sacos. Se forem detetados resíduos nos baldes errados, a recolha seletiva não será feita e o cidadão terá um autocolante com a informação respetiva.
Cada equipamento está associado a cada moradia através de sistema de leitura de dados, que a médio prazo, poderá servir para medir a quantidade de lixo e se refletir em poupança na fatura, pela adesão à reciclagem.
“Não está fora de hipótese de beneficiar quem colabora na recolha seletiva. O lixo é cobrado na fatura de consumo de água, este projeto poderá definir novas modalidades de cobrança, premiando e incentivando, assim, a recolha seletiva”, admitiu o presidente Gonçalo Lopes.
Com um investimento municipal de 207.917 euros, Luís Lopes adiantou que o ‘RecicLAR’ terá a duração de 12 meses, sendo depois estendido a outras freguesias, de forma gradual, após uma avaliação e monitorização do projeto.
O objetivo é “aumentar a taxa de reciclagem, contribuindo para alcançar as metas de valorização de resíduos de embalagem, determinadas pela União Europeia” e “diminuir a quantidade de resíduos urbanos depositados em aterro”, esclareceu ainda Luís Lopes, ao salientar que os contentores comunitários vão acabar por desaparecer, quando o modelo porta a porta estiver totalmente implementado.
Luís Lopes revelou ainda que o Município de Leiria pretende desenvolver um modelo de recolha seletiva de biorresíduos nas maiores freguesias do concelho, Leiria, Marrazes e Parceiros, “o que deverá acontecer em junho de 2022”.
“O projeto ‘Leiria Mais Verde’ terá financiamento e pretende cobrir a área mais urbana do concelho. Serão colocados, inicialmente, contentores castanhos, ao lado dos atuais verdes, que servirão para o depósito de biorresíduos”, disse o vereador, alertando que, também neste projeto, o lixo orgânico será colocado sem qualquer saco.
Neste sentido, a Valorlis – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos vai investir cerca de seis milhões de euros numa linha de tratamento específico para biorresíduos, anunciou a administradora delegada, Marta Loia Guerreiro.