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Leiria

Gonçalo Lopes pede “atenção especial” do Estado para alguns problemas de Leiria

A ampliação do Hospital de Santo André e a despoluição da bacia do rio Lis são dois casos em que o autarca reclama investimento do Estado.

foto do presidente da Câmara de Leiria Gonçalo Lopes numas das pontes sobre o rio Lis existentes no percurso polis

O presidente da Câmara de Leiria pediu investimento do Estado para ultrapassar dificuldades há muito sentidas no concelho e exemplificou com a ampliação do Hospital de Santo André ou a despoluição da bacia do rio Lis.

Ao assinalar no sábado 100 dias de mandato, o primeiro de um socialista à frente da capital de distrito – as anteriores vitórias do PS tinham sido com o independente Raul Castro -, Gonçalo Lopes reivindicou “uma atenção especial”, sobretudo na “necessidade de investimento público do Estado para ultrapassar dificuldades sentidas ao longo dos anos” e cuja solução é reclamada há muito tempo.

À agência Lusa, Gonçalo Lopes elencou, ainda na área da saúde, a rede de centros de saúde, ao nível da educação apontou o reforço do investimento no Politécnico de Leiria e defendeu “obras nas infraestruturas rodoviárias, nomeadamente as estradas nacionais, e também, no âmbito da mobilidade, uma aposta concreta e rápida na modernização e, portanto, a eletrificação da Linha do Oeste”.

“São alguns exemplos de investimentos públicos que são reclamados há muitos anos e que tardam a ser implementados no nosso território. Neste período de balanço de 100 dias vejo com necessidade, para cumprirmos com aquilo que é a nossa ambição e os nossos desejos, que se consiga ultrapassar definitivamente essas dificuldades, estes adiamentos”, declarou o autarca.

Em julho de 2021, quando apresentou a candidatura à Câmara, Gonçalo Lopes disse que “resolver definitivamente” o problema dos efluentes suinícolas e a requalificação da bacia do Lis era um dos cinco compromissos prioritários e, na tomada de posse, em outubro do mesmo ano, comprometeu-se com este objetivo.

“Este é o principal compromisso eleitoral. Tenho consciência de que é difícil de fazer”, admitiu, adiantando estarem em curso contactos com empresas e consultores, para ajudar o município na resolução deste problema.

Questionado sobre a hipótese de, no final do mandato, em 2025, se continuar a falar da ausência de solução para este problema, o autarca respondeu: “Vamos fazer um esforço para que isso não aconteça”.

“Se fosse fácil de resolver, já tinha sido resolvido. Estamos a mobilizar recursos financeiros próprios nossos para investir nesta área, uma área, mais uma vez, que não é da competência do município”, salientou, garantindo, nas ações a tomar nesta matéria, justiça, com “o princípio do poluidor pagador”.

Referindo que um governo, seja de um país, seja de uma autarquia, “não pode discriminar um território” pela sua cor política e que esta forma “de pensar está na origem da votação em Leiria” do PS, Gonçalo Lopes notou, contudo, “cada vez mais, um distanciamento” do Poder Central face aos problemas dos territórios.

“As problemáticas do ensino secundário e dos centros de saúde, a falta de segurança na rua, [são] temas muito centralizados no Estado e que não têm resposta local imediata”, exemplificou o presidente do município, apologista de mais descentralização de competências.

Para Gonçalo Lopes, a descentralização que se tem registado nos últimos anos “é um passo muito importante que deve ser ampliado”, afirmando não ter “receio nenhum de receber competências, associadas ao respetivo envelope financeiro”.

“Achamos que se não forem as autarquias a estar na linha da frente na solução dos problemas, o país vai ficar adiado”, considerou, lembrando o papel das autarquias no combate à pandemia de covid-19.

“A pandemia veio confirmar a capacidade e o pragmatismo que as autarquias têm na resolução de problemas”, frisou, destacando que nas áreas da saúde e social aquelas “foram o elo de moderação e de liderança na gestão da crise local da pandemia”.

Com cerca de 128 mil habitantes, Leiria foi a maior capital de distrito a dar a vitória do PS, com Gonçalo Lopes a justificar com o projeto político para o concelho, assente “naquilo que é o partido de Leiria, a estratégia para o concelho e a necessidade de afirmação” da região.

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