Após dois jogos na Marinha Grande, a União de Leiria vai ter o relvado do Jamor como palco do espectáculo da 16ª jornada da Liga 3, no jogo frente ao Amora FC.
Tudo porque o Estádio Municipal da Marinha Grande não está disponível para receber o encontro e a Câmara da Marinha Grande não recebeu nenhum pedido de utilização por parte do Município de Leiria para a realização do encontro, tal como sucedeu nos jogos da União de Leiria com a Un. Torreense e a Cova da Piedade.
Recorde-se que a União de Leiria está a jogar fora do Dr. Magalhães Pessoa, desde o início de dezembro, num acordo com a autarquia, com o objetivo de recuperar o estado do relvado leiriense para a realização da Taça da Liga, na próxima semana.
Carlos Palheira, vereador do Desporto da Câmara de Leiria, explica ao REGIÃO DE LEIRIA que “apenas foi solicitada à Câmara da Marinha Grande a realização de dois jogos e nada mais”. Os restantes, acrescenta, “teriam que ser adiados”.
No entanto, a dificuldade de encontrar novas datas no calendário, fruto dos muitos adiamentos de jogos, resultantes de casos de Covid-19 nas equipas, acabou por obrigar à realização do jogo com o Amora FC, este fim de semana, como estaria previsto, mas num novo campo.
Sem alternativas na região, uma vez que alguns estádios não dispõem de fibra ótica, condições técnicas ou mesmo pela carga de utilização que os relvados têm, coube à União de Leiria SAD encontrar a solução.
“O jogo entre UD Leiria e Amora FC, a contar para a Liga 3 e inicialmente marcado para o dia 22 de janeiro de 2022, foi reagendado para o dia 23 de janeiro de 2022 (domingo) no Estádio Nacional do Jamor, às 15 horas”, divulgou ontem, a administração da SAD leiriense, em comunicado.
Em resposta ao REGIÃO DE LEIRIA, Armando Marques diz que o clube procurou “várias soluções antes de ir para o Estádio do Jamor”. “Não acreditamos que seja justo para ninguém, muito menos para os nossos adeptos, ter de fazer imensos quilómetros para ver a sua equipa jogar. Procurámos Óbidos, Caldas, Peniche, Nazaré, Fátima, Rio Maior, Malveira e Marinha Grande, todas sem sucesso mas uns por razão de homologação, outras por falta de fibra ótica, outras por estado do relvado, outras por indisponibilidade de data, a única solução foi o Jamor. Para além disso, temos de ter a concordância do Amora e da FPF”, diz.
O vereador explica que a solução para os dois primeiros jogos foi encontrada pela Câmara de Leiria e para o jogo com o Amora FC “o clube fez as diligências necessárias”. “Seja onde for que a União de Leiria jogue, o que interessa é que vença e que continue o caminho vitorioso que tem realizado até aqui”, afirma Carlos Palheira.
O presidente da SAD também aponta objetivos para a vitória, embora alerte que há um longo caminho a percorrer por parte de todos os intervenientes: “Temos de estar todos unidos em prol de um objetivo único, que é levar a União aos campeonatos profissionais. Seja a Câmara de Leiria, seja a Câmara da Marinha Grande, ou outro munícipio do distrito. Porque só assim conseguimos lá chegar, e combater o vazio competitivo que há no centro do país ao nível do futebol profissional. Ficou demonstrado que há muito trabalho a fazer”.