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Covid-19

Covid-19: Médicos do Centro alertam para risco de colapso dos hospitais na região

Ordem dos Médicos apela ao Ministério da Saúde para permitir a contratação flexível de profissionais devido a centenas de ausências motivadas pela pandemia

Carlos Costes, presidente da SRCOM, defende ainda a reavaliação das normas relativas ao período de isolamento para as pessoas infetadas ARQUIVO/JOAQUIM DÂMASO

Os hospitais da região Centro correm risco de “colapso” devido à ausência de centenas de profissionais motivada pela pandemia da Covid-19, alertou hoje a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM).

Em comunicado, a SRCOM salientou que a situação já se “torna preocupante nos hospitais de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco e Viseu”.

Segundo a nota, o Centro Hospitalar de Leiria e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga têm, cada um, perto de 100 profissionais nesta situação, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu 59 e o Hospital Distrital da Figueira da Foz 16.

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra “enfrenta, também, a ausência de algumas centenas de profissionais, o que está a criar muitos e graves constrangimentos”.

“É uma situação para a qual o Ministério da Saúde não pode ficar alheio, neste momento tão delicado”, sublinhou o presidente da SRCOM, Carlos Cortes.

A gravidade da atual conjuntura na região Centro levou o presidente da SRCOM a apelar ao Ministério da Saúde para voltar a permitir a contratação flexível de profissionais de saúde, de forma a colmatar as necessidades mais urgentes.

“O Ministério da Saúde tem de intervir, voltámos ao risco de colapso da resposta assistencial”, frisou Carlos Cortes, referindo que “especialidades como a Cirurgia, Medicina Interna, Pediatria, bem como os serviços de urgência ameaçam colapsar”.

Para além da necessidade de contratação de profissionais, Carlos Cortes acentuou ainda a necessidade de reavaliação das normas quanto ao período de isolamento para as pessoas infetadas com Covid-19 e que estejam assintomáticas ou com sintomas ligeiros da doença e as que estão relacionadas com o rastreio de contactos, designadamente do círculo familiar mais restrito.

O presidente da SRCOM considera imprescindível uma revisão urgente destes critérios e uma monitorização mais célere e adequada por parte das autoridades de saúde face à situação da doença.

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