A vigília estava marcada para as 20 horas mas foram muitos os que chegaram esta noite com bastante antecedência à praça Rodrigues Lobo, em Leiria, para participar na vigília pela paz na Ucrânia.
Uma linha no chão, desenhada por velas, contornava a praça e as pessoas, com velas e bandeiras na mão, distribuiam-se pelo recinto.
No centro da praça, uma bandeira gigante da Ucrânia, estendida. Muitos cartazes, com mensagens de apelo à paz, a pedir o fim da guerra e de solidariedade com o povo ucraniano, foram apresentadas.
As pessoas, maioritariamente da comunidade ucraniana, residentes na região, mantiveram-se em silêncio, com velas na mão. Poucos minutos depois das 20 horas, ouviram-se orações e o hino ucraniano.
Foram ainda proferidas algumas palavras, quer pela porta-voz da comunidade ucraniana, Yuliya Hryhoryeva, quer pelo presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, que organizou a iniciativa.
Yuliya Hryhoryeva aproveitou o momento para “agradecer todo o apoio e gigante onda de solidariedade por parte dos portugueses”.
A representante da comunidade ucraniana lançou ainda um apelo a todos os cidadãos russos e bielorrussos presentes: “Chegou o tempo de se levantarem e lutarem contra o Governo obsessivo dos vossos países. Essa guerra não é vossa e não vai trazer nada de bom para o vosso lado”, afirmou.
“Emocionante” foi a palavra utilizada por Gonçalo Lopes, que falou ladeado pelos vereadores do PS do executivo leiriense, para descrever a adesão à vigília deste domingo.
“Pedimos que transmitam aos vossos familiares na Ucrânia que em Portugal os portugueses estão solidários e a rezar por vós”, afirmou o autarca, acrescentando que “Leiria está preparada e mobilizada para apoiar a Ucrânia”.
A cerimónia prosseguiu com cânticos religiosos ucranianos e a repetição do hino desse país europeu. Pouco depois das 21 horas, os participantes começaram a desmobilizar e a praça Rodrigues Lobo retomou a normalidade.
Para trás permaneceram acesas as velas dispostas pelo chão, lembrando do compromisso de união e solidariedade que ali se consumou.
Fotos: Joaquim Dâmaso