O Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, na Fortaleza de Peniche, encerra hoje para obras destinadas à sua instalação definitiva, anunciou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
“A partir de dia 09 de fevereiro o Museu Nacional Resistência e Liberdade irá estar encerrado para a realização de obras de instalação do museu”, indicou a DGPC numa nota publicada no seu ‘site’ oficial.
Depois de o contrato de consignação ter sido assinado a 30 de dezembro, a DGPC vai iniciar a empreitada de cerca de três milhões de euros, prevendo estar concluída no primeiro trimestre de 2023.
As obras “contemplam intervenções de reabilitação e remodelação, que são necessárias para adequar as estruturas existentes na Fortaleza” ao projeto coordenado pelo arquiteto João Barros Matos, explicou a DGPC em janeiro, advertindo nessa altura que o museu poderia vir a “encerrar temporariamente ao público”, durante o período em que decorrer a empreitada.
O Museu da Resistência e da Liberdade, na Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, foi criado em 2017 e veio a abrir portas a 25 de abril de 2019, com a exposição “Por Teu Livre Pensamento”, que antecipou os conteúdos do museu em construção.
A DGPC lançou o concurso, em novembro de 2020, para a escolha do diretor e, em setembro do mesmo ano, para obras orçamentadas em 2,8 milhões de euros destinadas à concretização do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, com um prazo de execução de um ano.
Acrescida de IVA, a empreitada ascende a três milhões de euros e é comparticipada com fundos comunitários em 449 mil euros.
O Museu Nacional da Resistência e da Liberdade vai ter um custo final de 4,3 milhões de euros, mais cerca de 800 mil euros do que o inicialmente previsto.
Em abril de 2017, o Governo aprovou um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar o museu na antiga prisão da ditadura do Estado Novo, destinada a presos políticos.
Em setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada, levando a Assembleia da República a defender a sua requalificação, em alternativa.
A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo, de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.
Vassil Zaitse disse:
PCP vangloria-se de ter combatido o fascismo salazarista mas para o substituir pelo pior dos fascismos, o fascismo de estado stalinista.
Se por azar do destino o PCP conseguisse ser for governo o Forte de Peniche seria requalificado para albergar os mais brandos dos opositores ao regime de partido único, e os outros seriam enviados para o céu com os santos métodos de Béria.