No contexto atual, em que a seca se tem vindo a agravar por todo o país, o ponto de partida para a nova sessão de poesia no teatro, “Diga 33”, não podia ser mais pertinente. É que é a partir da “seca prolongada” que o convidado Júlio Henriques desenrola a conversa marcada para a próxima terça-feira, dia 15, no Teatro da Rainha, às 21h30.
“Esta seca prolongada ainda vai dar cabo de nós. Se não morrermos de sede, será a tristeza dos campos ressequidos e das albufeiras descarnadas a matar-nos”, lê-se na sinopse do evento.
Além da seca, vão ser abordados outros temas, tais como a “incompatibilidade entre capitalismo e vida na terra”, a “guerra de classes microbiológica”, formas de insurreição, mitos coloniais e o “triunfo da neoparolice”.
A sessão é aberta a debate público e conta ainda com diversas leituras. A entrada custa 2 euros e carece de reserva, através do contacto 262 823 302 ou do email comunicacao@teatro-da-rainha.com.
Júlio Henriques, natural de Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, é tradutor, publicista e editor. Começou por escrever poemas para o suplemento juvenil do Diário de Lisboa e mais tarde juntou-se a uma companhia de teatro amador.
Desenvolveu atividade enquanto ator, arquivista, trabalhou numa tipografia e escreveu para o jornal Comércio do Funchal. Foi na editora Fenda, em Coimbra, que publicou o primeiro livro, “Deus Tem Caspa”, em 1988, e traduziu obras de Max Aub, George Orwell, Albert Cossery, Guy Debord e Louis Aragon.
Sob o pseudónimo Alice Corinde, publicou poesia, assim como outros textos que podem ser encontrados no volume “Modas & Bordados d’Alice Corinde”, de 1995.
Atualmente, é também editor da revista Flauta de Luz, que fundou em 2013.