“Vamos ajudar a classificar a Procissão dos Caracóis como património cultural imaterial” é o mote da campanha lançada, esta segunda-feira, com o objetivo de reunir contributos de toda a comunidade e avançar com o processo de classificação.
O processo de classificação desta manifestação religiosa, que decorre no final de setembro e início de outubro, durante as Festas de Nossa Senhora do Fetal, em Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, envolve a Paróquia e a Junta de Freguesia de Reguengo do Fetal, a Câmara da Batalha e o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha.
Para conseguir esta classificação, o processo de instrução da candidatura é “complexo”, adianta a autarquia em comunicado, “sendo necessário cumprir um conjunto de requisitos técnicos definidos”. “Numa primeira fase, o trabalho será efetuado em articulação com a Direção Geral de Cultura do Centro para, depois, ser submetido ao inventário nacional, através da Direção Geral de Património Cultural”.
A campanha “Vamos ajudar a classificar a Procissão dos Caracóis como património cultural imaterial” incluirá a realização de uma exposição fotográfica alusiva às procissões, a exibir na Galeria do Posto de Turismo da Batalha, em dezembro.
Para tal, a organização solicita a quem tem documentos como fotografias, vídeos, artigos de jornal, livros, ou outros suportes que registam a tradição, a partilhar pelo email procissaodoscaracois@gmail.com e colaborar ativamente com a campanha e o objetivo da classificação.
“Constitui condição fundamental para a classificação a património cultural imaterial que a tradição/manifestação continue viva. E é exatamente o que acontece no Reguengo do Fetal. A “Procissão dos Caracóis” revela-se atualmente como o evento de maior expressão popular, envolvendo todas as gerações, incluindo os emigrantes desta localidade quem, anualmente, regressam dos mais variados locais propositadamente para participar na iniciativa”, refere a autarquia em comunicado.
Recorde-se que as Festas de Nossa Senhora do Fetal integram duas procissões principais: a primeira, realizada no último sábado de setembro, à noite, em que a imagem de Nossa Senhora parte da Ermida do Fetal para a igreja paroquial. No sábado seguinte, também à noite, a imagem faz o percurso inverso, devolvendo a imagem ao Santuário.
Atendendo à relevância religiosa, cultural e patrimonial da procissão dos Caracóis, Raul Castro refere que a equipa constituída “irá promover todos os esforços no sentido do reconhecimento desta manifestação como Património Cultural Imaterial”.
“Ao encetarmos o processo de classificação da Procissão dos Caracóis como património cultural imaterial, estamos a contribuir para perpetuar esta manifestação singular da nossa região”, defende o autarca.