A ideia é ter dinheiro suficiente em caixa. As dificuldades financeiras da Câmara da Batalha foram um dos pontos que mais alertaram Raul Castro na sua chegada à presidência, no outono passado, sucedendo à maioria PSD. Meses mais tarde, chega um indicador que parece sublinhar essa dificuldade.
O município avançou com um pedido de empréstimo de um milhão de euros, e que terá pagar ainda este ano.
Qual o objetivo de um empréstimo de tão curto prazo? Assegurar capital para honrar compromissos. “O último mês do ano [de 2021] foi aquele em que se fez o maior número de pagamentos, o dinheiro não chegou para tudo”, alertou Raul Castro, presidente da Câmara da Batalha, na última reunião da Assembleia Municipal, a 25 de fevereiro.
O empréstimo, para “fazer face a eventuais dificuldades de tesouraria”, acabou por ser aprovado pela maioria que lidera a Câmara, com abstenção do PSD e voto contra do CDS. A verba pretende fazer face às dívidas, situação que se acrescenta ao facto de existirem fundos comunitários que se previa ter recebido, mas que acabaram por ainda não se concretizar.
“O pior que pode acontecer é a autarquia ser suportada pelos fornecedores”, alertou Raul Castro. O PSD preferiu ver o copo meio cheio, congratulando-se pela baixa taxa de juro do empréstimo: “se a saúde financeira não fosse boa, certamente o banco o não faria” , apontou Carlos Santos, deputado do PSD.