São 17 as empresas, escolas e associações que se uniram para fundar um Centro de Excelência Profissional (CoVe) na região de Leiria. O objetivo? Capacitar estudantes e professores na área da inovação verde.
O protocolo, assinado a 2 de março, integra a Escola de Negócios do Grupo NOV, a Cefamol, a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e a PRF, entre outros parceiros, e surge no âmbito do projeto europeu “Greenovet”. Além de Leiria, também as regiões de Styrua (Áustria), Vaasa (Finlândia) e Skopje (República do Norte da Macedónia) fazem parte do projeto e criarão os próprios CoVe.
Em Portugal, participam diretamente no consórcio europeu o Politécnico de Leiria, a Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria e a Escola Tecnológica, Artística e Profissional (ETAP) de Pombal.
Na cerimónia, Vítor Ferreira, investigador responsável pelo projeto no Politécnico de Leiria, afirmou que a inovação verde e a sustentabilidade são “um dos grandes problemas e desafios” da Europa, mas faltam recursos humanos especializados: “As nossas empresas e organizações querem encetar essa viragem para a inovação verde mas, muitas vezes, não temos as pessoas, sobretudo para esta área que exige uma nova mentalidade, novas profissões e novas realidades”.
Combater essa falha é o objetivo do “Greenovet”, que arrancou em dezembro de 2021 e estará a ser desenvolvido até ao final de 2024. O projeto vai treinar mais de 100 professores e serão estruturados mais de 16 projetos regionais e dois internacionais, com empresas, para depois serem implementados.
Tudo direcionado para a inovação verde – desenvolvimento de produtos e processos que contribuam para um crescimento sustentável nas empresas. No final, este trabalho, reforça Vítor Ferreira, “vai ajudar a região a ser mais verde”.
Para Henrique Carvalho, diretor executivo da Nerlei, anfitriã da cerimónia, este é “um desafio muito interessante” e a associação empresarial terá nas suas mãos a divulgação do projeto. O responsável sublinhou ainda o facto do projeto ser financiado em cerca de 3,8 milhões de euros pela União Europeia, através do programa Erasmus+.
Já o presidente do Politécnico de Leiria apontou esta temática como “algo central em todos os estados-membros da União Europeia, pois todos os acordos de cooperação do Plano de Recuperação e Resiliência na Europa têm a transição verde”.
Rui Pedrosa acredita que o “trabalho nas áreas da economia verde, bioeconomia ou transformação verde nunca estará acabado”, mas com este trabalho em rede “seguramente chegarão lá mais rápido e terão mais oportunidades concretizadas”.
