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Cultura

“Dune” ganha óscar de Melhor Som com software criado por startup de Leiria

Prémio que utiliza software desenvolvido pela Sound Particles foi entregue no âmbito da 94ª cerimónia da Academia de Hollywood.

Alguns filmes que usam o software desenvolvido pela Sound Particles

A startup de Leiria Sound Particles desenvolveu o software de áudio 3D utilizado no filme Dune, que venceu o Óscar de “Melhor Som” da Academia de Hollywood.

Segundo comunicado da empresa, a Sound Particles “mudou o paradigma do software de áudio 3D ao aplicar computação gráfica ao som”, que já foi usada em 16 séries e 52 filmes, como são ainda exemplos Game of Thrones,  Star Wars e Frozen 2.

O filme foi também premiado com o BAFTA de Melhor Som, na cerimónia da 75ª edição dos prémios atribuídos pela Academia Britânica de Cinema e Televisão, realizada em meados de março.

Fundada em 2016, por Nuno Fonseca, a Sound Particles conta com mais de 25 colaboradores no “desenvolvimento do produto utilizado por estúdios de cinema, de criação de jogos e mais recentemente de produção de música”. Conta ainda, com escritórios em Leiria e futuramente em Los Angeles.

Nomeado para dez óscares, entre os quais “Melhor Som”, o filme Dune, protagonizado por Timothée Chalamet e realizado por Denis Villeneuve,  conta a história de Paul Atreides, um jovem nascido para cumprir um grande destino e que viaja para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de sua família e seu povo.

“A Sound Particles assume-se no mercado como um player que está a revolucionar o software áudio, com um paradigma completamente novo”, diz Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles, citado na mesma nota.

Nomeado em dez categorias, “Dune” foi o filme mais premiado da noite da 94ª edição dos Óscares, tendo levado para casa seis estatuetas em categorias técnicas.

Além da estatueta de Melhor Som, arrebatada pelos sonoplastas Mark Mangini, Doug Hemphill, Mac Ruth, Theo Green e Ron Bartlett e entregue fora da cerimónia que aconteceu na noite passada, foi premiado pela Melhor Banda Sonora Original, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Cinematografia e Melhores Efeitos Visuais. 

“Tradicionalmente, a ficção científica usa o som de uma forma que é desenhada para complementar coisas que nunca vimos antes com sons que nunca ouvimos”, disse Mark Mangini nos bastidores da cerimónia. “Mas o mandato do Denis foi fazer um universo que soasse familiar. Por isso tivemos de repensar o som da ficção científica para que sentissem que estavam lá a ouvir um documentário”. 

Com Lusa

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