Caiu por terra o sonho de Leiria ser Capital Europeia da Cultura em 2027. Entre os escombros da desilusão, procura-se força e ânimo para a Rede Cultura 2027, construída a 26. Sexta-feira, dia 11, ficou a saber-se que Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada continuam na corrida; excluída, Leiria puxa do plano B, assumido várias vezes em público pelos responsáveis: para lá do projeto Capital Europeia da Cultura, há vida nesta nova rede tecida nestes anos.
Será, contudo, desafiante manter unido um território tão vasto, de Castanheira de Pera a Arruda dos Vinhos, de Tomar à Nazaré. Sem a “cola” sedutora e ambiciosa da Capital Europeia da Cultura, como manter o projeto vivo? “Em nada compromete a nossa aposta na cultura como alavanca estratégica para o desenvolvimento da região”, prometeu, numa reação para o Facebook, o presidente da Câmara de Leiria. O território “está agora mais unido do que nunca”, acredita Gonçalo Lopes.
“Deixo a promessa de que vamos continuar a trabalhar neste projeto que tantas pontes de cultura e cooperação criou e vai continuar a criar”, acrescentou. Em comunicado, a Rede Cultura promete refletir sobre o futuro e admite “ajustamentos”, mas sem comprometer “a responsabilidade assumida”.
Há um território que se quer continuar a construir pela cultura mesmo sem Capital Europeia
Na ressaca do afastamento de Leiria da corrida a Capital Europeia da Cultura, há unanimidade entre os municípios ouvidos pelo REGIÃO DE LEIRIA: a acção da Rede Cultura é positiva e deve continuar.