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SOS Ucrânia

Leirienses chegam esta tarde a Varsóvia para trazer refugiados para a região

Vários pedidos têm chegado ao casal que não pretende “deixar ninguém para trás”.

A Caravana Humanitária, onde segue Ana e Pedro, de Leiria, já entrou na Polónia Ana Ferreira

Passadas mais de 40 horas da partida de Ana Ferreira e Pedro Almeida de Leiria com a Caravana Humanitária, o casal já entrou em território polaco, acompanhado por mais 22 carrinhas.

O destino final é Varsóvia, cidade onde os voluntários vão recolher dezenas de refugiados ucranianos para trazer para Portugal. Os planos iniciais previam a ida para Lublin e não a capital da Polónia, mas os voluntários da Caravana Humanitária conseguiram que um “autocarro polaco fosse buscar os cidadãos para os reunir em Varsóvia”, de forma a facilitar o transporte, conta Ana.

Até ao momento, a viagem tem corrido bem, apesar de alguns percalços, como uma avaria numa das carrinhas em Bordéus, conta. Mas a solidariedade e a boa vontade de um mecânico francês salvou o dia: “Arranjou-nos a carrinha em 30 minutos e não nos cobrou nada”, explica Ana sensibilizada pela bondade do mecânico, que não os conhecia.

Quem passa pela Caravana Humanitária na estrada também tem reagido de forma efusiva, com “sinais de luzes” e acenos, conta, acrescentando que não tem visto, no entanto, outros veículos em viagem humanitária para ajudar a Ucrânia.

Entre as paragens habituais em estações de serviço e pausas para descansar, o casal leiriense é uma das duplas de voluntários que mais horas tem feito a conduzir na Caravana, porque são os que já estão “mais habituados” a estas viagens longas, “por causa do trabalho”. “Algumas pessoas aqui não estão tão habituados, eu e o Pedro somos os que temos dormido menos”, assume.

Apesar das horas de sono em falta e do enorme cansaço, Ana fala ao REGIÃO DE LEIRIA com um tom alegre, motivada pela vontade de ajudar. Vontade essa que se estende a todos os voluntários que integram a causa, salienta.

“A maioria das pessoas que aqui estão têm filhos. É muita vontade de ajudar e espírito de missão cumprida”, realça.

Relativamente às famílias ucranianas que pretendem trazer para território nacional, Ana explica que receberam a lista esta manhã com os nomes, após a Embaixada de Lisboa ter feito a sinalização. Tudo começou, explica, com “uma pessoa que viu a nossa publicação no Facebook e estava aflita para trazer os familiares para Portugal”. O casal fez os contactos, pediu passaportes e números de telefone, e as famílias ucranianas foram divididas pelos vários voluntários.

A família que Ana e Pedro vão trazer será acolhida em Leiria, por familiares. Existem ainda outros ucranianos, adultos e “muitas crianças”, que irão ficar alojados na Ericeira, adianta.

“Já falámos com as pessoas e elas estão à nossa espera. A ideia é recebê-los de braços abertos”, enaltece.

Ana explica ainda que antes da saída de Varsóvia, os refugiados assinam uma declaração para comprovar que querem e desejam ir para Portugal.

Até agora, estão confirmadas 67 pessoas para recolher, apenas na Polónia, sendo que a outra metade da Caravana está a caminho da Roménia, com a mesma missão. O objetivo, frisa Ana, é “trazer toda a gente [dos que pediram para vir]. Estamos a receber muitos pedidos e não queremos deixar ninguém para trás”.

A leiriense avança ainda que a chegada a Varsóvia está prevista para as 16 horas, sendo que o plano é fazer a ponte com os refugiados ucranianos e depois pernoitar na capital. “Uma vez que vamos levar muitas crianças é muita responsabilidade, temos de descansar”.

Entretanto, também já chegaram outros quatro veículos da Caravana Humanitária àquela cidade polaca, que tinham partido um dia antes do casal, ou seja na passada terça-feira.


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